No último final de semana, o Diário Causa Operária (DCO) foi alvo de um ataque hacker, uma prática criminosa, para destruir milhares de artigos deste diário, além de outros danos, como ferramentas internas do site.
É como se o antigo Dops (Departamento de Ordem Política e Social), por exemplo, entrasse na sede de um jornal de esquerda e destruísse as máquinas, tocasse fogo nos jornais etc. Está claro que o que houve com o site da imprensa digital do PCO é um típico ataque direitista.
A direita é quem agride seus adversários de maneira covarde, quase sempre utilizando os órgãos oficiais de repressão. Mas não é só: a direita ataca setores oprimidos por meios extra-oficiais, como as milícias fascistas e outros mecanismos fora da lei.
Por outro lado, não é de hoje que a imprensa revolucionária provoca a ira dos agentes do regime. Também por isso a sua perseguição sistemática, pois se trata da voz daqueles que não têm voz; a manifestação política das pessoas que não possuem espaço algum na imprensa golpista, na imprensa da burguesia, essa, sim, incólume ao longo dos tempos.
Em tempos de golpe de Estado, quando a direita tomou o poder de assalto, é relativamente normal que outras pessoas e organizações sejam acionadas para manter o regime dos golpistas. E essa manutenção envolve, naturalmente, a perseguição à imprensa de esquerda.
Isso é natural. Finalmente, para deixar a imprensa burguesa mentir aos quatro ventos, todos os dias, é preciso que a imprensa da esquerda seja estrangulada. Essa foi uma das principais medidas da ditadura militar brasileira, e de todas as ditaduras fascistas do mundo: calar a voz do povo.
Em tempos assim, de polarização política, os ataques como esse sofrido pelo DCO tendem a se alastrar no meio de toda a esquerda. É preciso uma ampla campanha em defesa da imprensa operária, contra os tubarões da imprensa capitalista e seus lacaios, que atuam dentro e fora do Estado.