Apesar do calendário aprovado, o que chama atenção é a falta de política sobre a governo bolsonarista do Paraná (Ratinho Jr.-PSD), que tem aprofundado ataques dos tempos de Beto Richa (PSDB).
Enquanto a base se mostra disposta a lutar, faz greves e ocupações, a direção segue com uma política de desgaste eleitoral do governo, pretendendo algum tipo de ganho político nas eleições de 2020.
Isto num cenário em que a aprovação dos milhares de ataques promovidos por Bolsonaro e pelos demais governos golpistas já mostraram que a política de pressão eleitoral e parlamentar é um fracasso na organização dos trabalhadores para lutarem por seus direitos e um sucesso para organizar a lamentação e a desilusão na luta, decorrente das sucessivas derrotas e da perda de direitos.
Por isso, nós da corrente Educadores em Luta, que agrupa militantes e simpatizantes do Partido da Causa Operária (PCO), defendemos que a nossa categoria, maior do estado do Paraná, defenda enquanto vanguarda do movimento operário no estdo, um eixo político de mobilização com as palavras de ordem de fora Ratinho, Bolsonaro e todos os golpistas. Esta iniciativa levará todos os trabalhadores paranaenses à uma trincheira comum. Esta é a forma pela qual será possível desenvolver a luta de todos os trabalhadores, uma vez que ao terem suas reivindicações vinculadas à luta geral, todos se fortalecem como um único movimento contra os patrões.
Aqui vale destacar que o apoio que nosso sindicato manifestou à greve dos químicos e petroleiros não pode se resumir a uma nota eletrônica ou impressa. Uma nota não deixa de ser um apoio político, no entanto não tem implicação prática nenhuma. Já a categoria aprovar palavras de ordem como fora Ratinho, Bolsonaro e todos os golpistas, permite que com a luta pela Educação pública e pela derrubada dos golpistas, os professores reforcem a luta dos químicos e petroleiros pela manutenção dos seus empregos e da Petrobras, ao mesmo tempo em que permite que ao defender os seus empregos e a derrubada dos golpistas, os químicos e petroleiros fortaleçam a luta do caráter público de outras estatais e serviços públicos ameaçados. Isso vale para todas as outras categorias, sejam do setor público ou privado.
Ou seja, a luta individualizada, em que cada categoria defende sua pauta, é uma luta perdida, uma vez que a burguesia está unificada de trás do governo Bolsonaro para atacar todas os trabalhadores. Portanto, nós Educadores em Luta, propomos aos professores e funcionários do Paraná uma organização além da categoria, a única form de organização capaz de derrotar os patrões: a luta de classes.