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Juventude Revolucionária

Arthur Cesconetto: juventude do PCO nas eleições em Palhoça (SC)

“Frente a essa situação de paralisia, e a o mesmo tempo com a juventude radicalizada, a AJR ganha muito destaque pois é a única disposta a criar mobilizações contra esses ataques”

O companheiro Arthur Cesconetto é candidato a vereador de Palhoça, Santa Catarina, tem 18 anos e é estudante no IFSC onde cursa o ultimo ano do ensino médio, ele foi entrevistado pelo Diário da Causa Operária no dia 07/11. Confira a entrevista na íntegra:

Diário Causa Operária: Como vai a luta em Santa Catarina?

Arthur Cesconetto: Aqui a luta, nossas atividades em geral, tiveram seu número aumentado. Agora com a campanha eleitoral estamos realizando atividades diariamente em contato com os trabalhares. Em Blumenau por exemplo há atividades nas entradas das fábricas todos os dias, já em Florianópolis as atividades são todos os dias pela manha nos terminais de ônibus. Nossa campanha vai muito bem, muitos companheiros se somam a nós nas atividades e estamos vendo um resultado muito bom, diferente do que vemos com a esquerda pequeno burguesa. Vemos os outros partidos de esquerda entrando na frente ampla, usando verde amarelo. Quando chegamos para fazer as atividades os militantes dos outros partidos gostam muito do nosso material principalmente o fora Bolsonaro, considero que nossa campanha aqui esta tendo sucesso.

DCO: A juventude em geral é excluída das eleições e da política, como você vê esse processo e qual a diferença no PCO?

Arthur Cesconetto: Bom, isso é uma questão ampla, nessas eleições a gente vê com mais facilidade que a juventude esta sendo jogada completamente de lado. Inclusive a esquerda pequeno burguesa trata a juventude como se fosse um setor totalmente despolitizado da sociedade, basta ver a campanha de Guilherme Boulos em São Paulo onde ele acha que o sujeito irá votar nele apenas porque joga jogos eletrônicos populares ou algo do tipo. A juventude é na verdade é um setor muito radicalizado, até por isso a burguesia tenta mantê-la longe da política.

Porem outro dado é importante, se você avaliar o número de votos antes de o golpe de 2016, a média de votos dos jovens, principalmente com menos de 18 anos, vem caindo muito. Isso mostra que a juventude esta vendo com outros olhos o problema eleitoral, a não participação se relaciona muito à descrença nas eleições burguesas, essa baixa participação é um sintoma dessa conjuntura geral. Já o PCO por ser um partido revolucionário, organizado para ser um partido de massas da classe trabalhadora, espera a adesão da juventude por sua natureza combativa. Diferente da esquerda pequeno burguesa o PCO atrai a juventude por sua combatividade, a polarização é cada vez mais forte e por isso a juventude busca onde se organizar, seja nas lutas parciais, seja na luta pelo fora Bolsonaro ou mesmo na luta pela revolução. Sendo assim o PCO abraça todo um grande setor da juventude e não só isso, o PCO tem uma política diferente, para a burguesia os políticos que ocupam os grandes cargos são os mais velhos com mais poder econômico, para o PCO quem os ocupa é quem se dispõe a fazer o trabalho, sendo assim a juventude por ser um dos grupos mais dispostos ganha destaque dentro do partido e também tem um grande número de candidatos nas eleições.

DCO: Você também é militante da Aliança da Juventude Revolucionária a juventude do PCO, pode falar um pouco sobre essa organização?

Arthur Cesconetto: Bom, a AJR é uma organização que vem crescendo muito, junto ao PCO, nos últimos anos justamente por essa política que eu mencionei anteriormente. A juventude é um setor muito radicalizado porém suas organizações estão em uma enorme paralisia. Há muito tempo a UNE é controlada pelo uma sequencia de passadas de bastões da juventude do PCdoB, a UJS, que tem uma política extremamente direitista e paralisante contra as próprias reivindicações dos estudantes. Essa paralisia que toma conta da UNE se reflete em diversas organizações da juventude que frente aos ataques de agora, EAD, volta às aulas presencias e tudo mais, não movem um único passo, isso sem falarmos no fora Bolsonaro. Frente a essa situação de paralisia, e a o mesmo tempo com a juventude radicalizada, a AJR ganha muito destaque pois é a única disposta a criar mobilizações contra esses ataques. Os Comitês de Luta Estudantil, impulsionados pela AJR, em Santa Catarina começaram aqui em Palhoça depois se expandiram para Florianópolis e para outros estados, foi o primeiro do Sul, e também há toda a luta dos demais militantes no resto do Brasil. Assim vemos os resultados, inclusive de mais pessoas entrando no partido, para a AJR, justamente porque é algo que as pessoas já esperam, não é algo inovador, é algo que as pessoas já estavam querendo mas não havia ninguém que estivesse fazendo trabalho. A AJR se dispõe a lutar com a juventude e quebrar essa paralisia do movimento estudantil. Existem outras características na AJR que precisamos frisar, temos nossa imprensa junto ao DCO e ao JCO, temos a nossa própria revista que são formas de organizar a juventude e seus trabalhos, situação muito diferente do que vemos na esquerda em geral.

DCO: Quais as principais lutas da juventude no atual momento?

Arthur Cesconetto: Bom, as principais lutas da juventude giram em torno de alguns problemas fundamentais. Primeiro a questão do fora Bolsonaro unifica toda a sociedade, a juventude, os trabalhadores, a mulher o negro. Todos os ataques tem uma fonte e essa fonte é justamente o golpe de Estado, o governo Bolsonaro, derrubá-lo é o primeiro passo para a garantia da vitória da juventude e a expansão da nossa luta, por isso isso é um eixo fundamental de nossa campanha em junção a luta pelos diritos de Lula e sua candidatura nas próximas eleições. Outro ponto importante em cima da questão da juventude são as lutas imediatas que precisam ser travadas e servem como um foco de organização dos jovens para permitir a luta ainda mais ampla, principalmente a luta contra o EAD e a luta contra a volta às aulas durante a pandemia. Todas essas questões impulsionam a necessidade da criação dos Comites de Luta Estudantil, uma verdadeira organização da juventude, que pode se somar com outra organizações diversas e travar uma luta contra o governo Bolsonaro. Outra questão importante, principalmente para a juventude operária é a questão do desemprego. A juventude é um dos setores mais afetados pelo problema do desemprego que hoje já afeta metade da população do país. Por isso a política do PCO é a de redução da jornada de trabalho para 35h semanais sem redução salarial para que se possa abrir mais vagas para incorporar a juventude ao trabalho. Além de outras medidas como a luta pela garantia de leite e merenda nas creches e escolas enquanto elas não podem reabrir e outras medidas para sustentação das famílias de trabalhadores.

DCO: Ultimas palavras para finalizar a a entrevista?

Arthur Cesconetto: Estamos chegando na reta final da campanha eleitoral, temos mais uma semana, o PCO, a AJR, seja em palhoça ou no resto do Brasil, chama todos que estiverem dispostos a lutar em nossa campanha. Ela não ira terminar nas eleições, mas é importante que todo mundo se some conosco nessa semana final, inclusive o voto no PCO não é apenas um voto qualquer, não é uma questão apenas institucional e burocrática, votar no PCO é declarar luta ao governo Bolsonaro. Por isso a gente chama todos a participar de nossas atividades, panfletagens, que iremos intensificar nessa reta final, para todos, até de outros partidos, se somaram a nossa campanha do fora Bolsonaro e em defesa de Lula e de lutar contra todos os ataques feito aos trabalhadores e a juventude. Convido todos a participaram também do Comitê de Luta Estudantil cujas reuniões acontecem as quintas feiras as 19h. Basta entrar em contato conosco nas redes para participar de nossas atividades, lembrando que essa semana teremos atividades todos os dias.

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