Na segunda feira, 3 de fevereiro, um evento comemorando o aniversário de 106 anos do Santa Cruz FC foi palco de uma briga de torcedores, mais especificamente contra torcedores do Sport Recife. Segundo relatos, torcedores do rubro negro pernambucano foram ao evento criando tumulto contra aqueles que festejavam.
Tal episódio, desde então, tem sido um prato cheio para a imprensa capitalista sutilmente colocar em pauta a criminalização das torcidas organizadas. Coloca-se uma briga, evidentemente lamentável como um acontecimento, que teria gerado “caos” em toda Recife (PE). Informações divergentes sobre a quantidade de feridos não deixam dúvidas de que há a intenção de superestimar o ocorrido.
Chama a atenção o fato de que não havia nenhuma torcida organizada do Santa Cruz no local da briga. Em regra as torcidas organizadas são justamente quem protege os torcedores “povão” de ataques covardes de torcedores adversários mal intencionados, muito mais do que a própria PM, que por vezes age como conivente desses ataques.
Ao mesmo tempo a história da PM sobre o número de torcedores do Sport no tumulto, 80 torcedores, além de já ser inflacionado, como de costume da corporação, evidencia que dentre milhares de torcedores do time de maior torcida do estado, ainda assim menos de 80 pessoas se predispuseram a participar da briga. Isso sem sabermos se de fato eram de torcidas organizadas e quais.
Não se pode aceitar a propaganda da burguesia e de seus subordinados, grande imprensa e PM, que no fundo têm o propósito de atacar as organizações populares, incluindo-se torcidas organizadas, e tornar o futebol em um meio cada vez mais distante da classe trabalhadora.