Mostrando avanço nas intencionalidades de impulsionar as lutas da categoria docente no Estado de São Paulo, a direção da Apeoesp marcou para o dia 29 de julho uma carreata com professores de todas as regiões do estado, de forma articulada com outras entidades da educação rumo ao Palácio dos Bandeirantes.
O objetivo principal da manifestação convocada pela Apeoesp é dizer claramente ao governador do Estado que os professores e demais servidores da educação paulista não aceitarão a volta às aulas presenciais de forma irresponsável e precipitada em 2020.
Na base da categoria, os professores apoiam a greve que está em debate. A manifestação da Apeoesp tem como pauta também várias outras reivindicações e pautas como: Cobrar um isolamento social horizontal total, com segurança sanitária e alimentar para toda a população.
Dialogar com a sociedade para mostrar para pais e estudantes que não existe ano perdido se salvamos vida, pesquisa do Instituto Datafolha realizada no final de junho mostrou que 76% da população brasileira é contra a volta às aulas presenciais.
Exigência de nova forma de contratação dos professores substitutos na rede estadual de ensino, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal decretou a inconstitucionalidade da forma atual de contratação (lei complementar 1093/2009).
Exigir que nenhuma classe de EJA (Ensino de Jovens e Adultos) e que todas as turmas do ano vigente sejam estendidas até dezembro de 2020. E que também não haja redução das turmas de Educação Física no noturno.
No entanto é preciso evoluir rapidamente para outras formas de luta e voltarmos claramente para as ruas, com manifestações com distanciamento social e todo tipo de proteção que se fizer necessária (como álcool gel, face shield, luvas, etc.).
Os governos burgueses e fascistas como João Doria, Bruno Covas e Bolsonaro, além de uma centena de outros prefeitos já deram claras demonstrações que irão impor a volta das aulas, ou dito de outra forma impor o aumento brutal das mortes entre as comunidades escolares.
Na rede Estadual Dória lançou os protocolos de volta as aulas, na rede municipal, o pau mandado de Bruno Covas, o secretário da educação Bruno Caetano, realizou dezenas de teleconferências com supervisores, diretoras, professores e ATEs, cada uma das lives, chegava a três horas de duração. Em todas elas dezenas de professores, diretores e até supervisores apresentavam dados e se opunham claramente a volta.
O momento pede uma ampla mobilização dos servidores da educação de todo os Estado, pois querem que as aulas voltem a todo custo. Não só Apeoesp, mas todos os sindicatos municipais de Educação do ensino público e privado de todas as redes municipais, assim como associações de pais e mestres, associações de bairro devem se unir em uma grande manifestação de rua neste dia 29.
Nós da Corrente Nacional Educadores em Luta chamamos a todos, para junto conosco estarem nas ruas neste dia 29 para impor pela força ao fascista João Dória que o povo diz NÃO AO GENOCÍDIO, NÃO A VOLTA ÀS AULAS.