O deputado federal pelo Psol, Ivan Valente, iniciou uma campanha pela cassação do mandato do senador e filho do presidente, Flávio Bolsonaro. O pedido divulgado no site do deputado federal veio em decorrência das ligações entre Flávio Bolsonaro e as milícias do Rio de Janeiro, o envolvimento em casos de corrupção e as ligações com o miliciano morto na Bahia, Adriano da Nóbrega.
O deputado do Psol realiza um grande número de manobras oportunistas para não pedir a saída de Bolsonaro. Os crimes que Ivan Valente afirma “são práticas incompatíveis com o exercício do mandato parlamentar, com a lisura no trato da coisa pública” são os mesmos das ligações com o pai de Flávio, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro.
Num cretinismo parlamentar típico do Psol, o deputado “esquece” do responsável direto pela situação política atual e com os mesmos crimes do filho para pedir a cassação do senador e não chamar o Fora Bolsonaro.
Tem que ficar claro que essa medida proposta é pura demagogia eleitoral e parlamentar para se mostrar como ‘combativos’ ou de enfrentamento com os bolsonaristas, mas na verdade não vai dar em nada e muito menos mudar a situação política no país.
Não querem a saída de Bolsonaro da presidência, pois estão procurando maneiras de sobreviver sem lutar contra o regime da extrema direita e manter seus parlamentares, cargos e benefícios nessa situação, mas que não mudam absolutamente nada a realidade política imposta pela burguesia.
Enquanto a situação política se agrava e o regime pode se fechar com a crise dentro do governo Bolsonaro e há uma necessidade de romper com essa política institucional para a sobrevivência da esquerda e da manutenção dos direitos da população, o Psol toma o caminho oposto e mantém um oportunismo eleitoreiro.
No momento em que toda a população pede o fim do governo Bolsonaro e existe uma possibilidade real de derrota da extrema direita, o Psol só quer fazer propaganda eleitoral de seus parlamentares com medidas judiciais, apelos para a ONU e campanhas vazias dentro do Congresso Nacional.
É preciso deixar de lado o oportunismo eleitoral e a propaganda de que a mudança será por dentro do regime e das instituições tomadas pelos bolsonaristas. A mudança da situação vai vir pelos trabalhadores nas ruas e a palavra de ordem que está sendo colocada pela população em qualquer aglomeração de pessoas: o Fora Bolsonaro!