Em plena pandemia e ataques brutais do governo Ratinho Jr. (PSD-PR) contra os servidores do Paraná, destaque para a aprovação da reforma da previdência no fim do ano passado, da ampliação das privatizações e terceirizações do serviço público e a investida para a liquidação da Escola Pública, a APP-Sindicato (Sindicato dos Professores e Funcionários de Escola Pública do Paraná), cedeu suas sedes para o governo bolsonarista do Paraná.
A atitude foi tomada para que as autoridades em saúde (Sesa – Secretaria da Saúde do governo do Paraná) possam usá-las supostamente para o atendimento da população, “podendo também abrigar equipes médicas e equipamentos necessários para as estratégias de controle da pandemia do novo coronavírus, Covid-19”, segundo informações do portal Mundo Sindical.
Entre as unidades que foram cedidas ao governo do Paraná estão seis estruturas de hospedagem, em geral as “Casas do Professor” (espécie de hostel que o sindicato tem espalhados pelo estado para possibilitar o deslocamento de professores e funcionários para atividades profissionais, cursos, atos, etc), que estão localizadas em Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Pato Branco e em Guaratuba.
A medida é um equívoco total e dá um sinal totalmente negativo para a categoria, que se indignou nos grupos de redes sociais, dado que ocorre justo num momento em que o governo de Ratinho Jr. se aproveita da pandemia de coronavírus para impor através da EAD (Educação à Distância) a reforma do Ensino Médio do governo golpista de Temer e a liquidação da Escola Pública do Paraná.
Essa atitude de contemporização com o governo bolsonarista do Paraná, que é uma expressão da política da “frente amplíssima” no Paraná, só pode levar os professores e funcionários e os demais servidores e trabalhadores do estado à derrota. Neste momento, mais do que nunca, é preciso defender uma política independente da classe operária contra a burguesia, que está se utilizando da crise capitalista, potencializada pela pandemia do coronavírus, para aumentar seus ataques e fazer a população pagar a conta da crise, seja com vidas, seja com o aumento da exploração.
É preciso se opor a essa política, propondo no lugar dela a mobilização dos professores e funcionários e dos demais setores do funcionalismo, pela formação de comitês em todas as categorias pelo fora Ratinho e todos os golpistas. Nenhuma aliança com os inimigos dos professores, funcionários e estudantes da escola pública.