O Partido da Causa Operária, particularmente sua juventude, reconhece de forma precisa a necessidade de uma frente única contra o imperialismo. Assim, bem como pela defesa prática de tais concepções, sua importância é reconhecida internacionalmente. Portanto, nesta sexta-feira (11), a Aliança da Juventude Revolucionária (AJR) foi uma das convidadas para participar da cerimônia por videoconferência em celebração ao décimo segundo aniversário da Juventude do Partido Socialista Unido da Venezuela (JPSUV), o partido do presidente Nicolás Maduro, fundado por seu antecessor, Hugo Chávez.
O chavismo, mesmo sendo tipicamente uma nacionalismo burguês, se fortaleceu e se transformou em um movimento muito amplo no interior das classes populares, com uma mobilização que se apresenta como uma potencial característica revolucionária contra o golpe de estado e o imperialismo. Por isso, o partido assumiu um caráter mais popular e mais militante, como também, se tornou um empecilho perigoso para os imperialistas na América Latina. Sua juventude se tornou uma organização que realmente adentrou as massas populares.
Entre os participantes do encontro, estavam mais de 500 representavam das células da JPSUV de diferentes locais da Venezuela, todos com marcantes características do povo pobre e trabalhador.
Além da organização aniversariante, participaram representantes de organizações progressistas de 30 países, e os membros das juventudes do nacionalismo latino-americano.
Estavam presentes, além da AJR, a juventude do MST representando o Brasil, a juventude do MAS da Bolívia, a juventude do Partido Socialista do Chile, a juventude kirchnerista da Argentina, a juventude sandinista da Nicarágua e a juventude do correísmo equatoriano.
Vale enfatizar que justamente pelo caráter mais politizado dos participantes, as discussões foram muito mais avançadas do que o identitarismo fajuto que predomina nas organizações de juventude da esquerda brasileira. A luta dos trabalhadores e da própria classe operária, como a coletivização das fábricas, a reforma agrária, o atendimento aos moradores de rua foram mais destacadas.
O próprio Maduro também esteve presente na reunião. Entre as suas colocações, anunciou que o PSUV chegou a 5 milhões de carteirinhas de militante. Uma demonstração de vitória contra a campanha opositora. O companheiro também colocou que 98% dos atendidos vítimas de COVID-19 foram na rede pública. Mesmo com o embargo, os mercenários, a pobreza e até espiões infiltrados no território venezuelano, como denunciou Maduro na reunião, o combate à crise sanitária teve sucesso. Fica claro que as milhões de mortes são culpa do capitalismo decadente e genocida, e não exclusivamente do vírus.
Maduro e o PSUV conclamaram toda a militância para enfrentar nas redes sociais e nos meios de comunicação os ataques do imperialismo ao governo eleito da Venezuela. Ele apontou que youtubers e influencers pagos com o dinheiro americano morando no Chile e na Colômbia fazem a única coisa que a burguesia sabe fazer além da repressão, uma grande campanha de calúnias e intrigas contra o povo venezuelano. São inúmeros os ataques do imperialismo a todos os povos, seja com mentiras e manipulação, ou com a destruição das democracias dos trabalhadores, por isso, a juventude precisa reagir.
No Brasil, é necessário lutar contra o Golpe e unir a esquerda em torno de Lula candidato! Por uma frente única contra o imperialismo, em defesa da integração dos povos brasileiro e venezuelano, para expulsar os imperialistas da Venezuela e de toda a América Latina!