Os partidos de esquerda protocolaram um pedido coletivo de impeachment do presidente, o golpista Jair Bolsonaro, apresentado na manhã da última quinta-feira, 21 de maio, na Câmara dos Deputados. O documento é assinado pelo PCO, PT, PSOL, PcdoB, PSTU, PCB e UP, além de um número superior a 400 organizações, entre sindicatos, associações do movimento popular e personalidades que apoiam o fim do regime de terror promovido por Bolsonaro.
Eleito mediante o mais fraudulento processo eleitoral de nossa história recente, que, entre outros feitos, impediu a candidatura do favorito na disputa com amplo apoio popular: o ex-presidente Lula. À entrega do pedido, seguiu-se uma pequena manifestação em frente à praça dos Três Poderes com os representantes defendendo a impossibilidade de o país continuar sob o comando do fascista, cuja política se fundamenta nos interesses do imperialismo, frontalmente contrários a qualquer benefício popular, o que vem provocando um genocídio por coronavírus e também pela explosão da fome no país.
Esses fatores dão à derrubada do golpista um caráter de urgência, o que implica a necessidade de a esquerda intervir de maneira mais incisiva na luta política.
A burguesia já deixou claro que não tem interesse em nada além de colocar Bolsonaro na linha, e não há razão para esperar que esse pedido protocolado hoje tenha um destino diferente dos mais de 30 amontoados sob a mesa de Rodrigo Maia, um dos mais destacados serviçais dos capitalistas no cenário político brasileiro.
É preciso uma pressão política intensa para que a esquerda consiga eliminar a ameaça mortal que Bolsonaro representa à classe trabalhadora. Isso só será possível com a mobilização das massas, ocupando as ruas do país e manifestando coletivamente sua indignação.
Diversas mobilizações, ocorridas no Brasil e no mundo, demonstram de maneira muito concreta que organizar protestos nas ruas passa por situações diferentes do normal, no entanto, mas facilmente contornáveis. É hora de a esquerda reafirmar seu compromisso com a população, começando pela mobilização de suas próprias bases para este trabalho. Unidade com o povo, por Fora Bolsonaro.