Nesta segunda-feira (21), o Tribunal Superior do Trabalho, o golpista TST, vai julgar a greve nacional dos trabalhadores dos Correios. Assim como o STF e o Ministério Público, TST é controlado pelos piores inimigos dos trabalhadores, picaretas profissionais que defendem unicamente os interesses dos capitalistas. Nesse sentido, não se pode depositar qualquer ilusão no Judiciário: a única maneira de a greve conquistar suas reivindicações é por meio da ampla mobilização de todos os trabalhadores dos correios e da esquerda em geral.
É com o objetivo de intensificar a mobilização que os trabalhadores dos Correios organizaram uma importante manifestação no mesmo dia do julgamento. Milhares de ecetistas saíram de seus estados para se manifestar contra o regime político, que quer colocar a greve na ilegalidade.
Essa é, sem dúvida, uma das greves dos trabalhadores dos Correios mais radicalizadas no último período, que está passando, inclusive, por cima da política capituladora e reacionária das burocracias pelegas que controlam atualmente os sindicatos. E essa mobilização surge justamente do fato de que a empresa está prestes a sofrer o mais duro ataque de sua história: a sua privatização.
A entrega dos Correios é uma política que já vem sendo preparada desde o processo do golpe de 2016. Atualmente, quem preside a empresa é ninguém menos que um general, um serviçal, por definição, do imperialismo. Empresas estrangeiras, como a Amazon, a DHL e a Fedex estão entre as principais interessadas no patrimônio dos Correios. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, afinal, está presente em todos os municípios, representando um esforço logístico gigantesco, cobiçado por qualquer empreendimento capitalista. Em um único ano, a ECT fatura mais de R$2,5 bilhões de lucro.
A privatização dos Correios deverá entre tantos outros prejuízos, à demissão de mais de 100 mil trabalhadores. Trata-se, portanto, de um duríssimo golpe contra os seus próprios empregados.
Além disso, é preciso denunciar o atentado à soberania nacional que a privatização dos Correios representa. Se uma empresa como a Amazon tomar posse dos Correios, isso significaria dizer que uma empresa norte-americana teria acesso a dados de praticamente todos os brasileiros. E mais do que isso: controlaria o trânsito de cartas, medicamentos e produtos de todo o País. Facilmente, a empresa poderia utilizar sua posição para a espionagem e para sabotar serviços que não sejam de interesse do imperialismo.
Diante disso, é preciso organizar uma campanha nacional contra a privatização dos Correios. E, mais do que isso, é importante que fique claro que a única maneira real de impedir a privatização é por meio de uma luta dos ecetistas e de todos os trabalhadores contra todo o regime político: fora Bolsonaro e todos os golpistas!
É hora de radicalizar a greve e da CUT e demais organizações de esquerda e da luta dos trabalhadores chamarem um apoio efetivo à luta nas ruas dos trabalhadores dos correios. Uma luta de todo o povo brasileiro.