O sistema capitalista mostra sua fragilidade e que está agonizando há muitas décadas. Após a Segunda Guerra Mundial, a economia capitalista passou por grandes oscilações na tentativa de recuperação econômica, políticas foram criadas e implantadas em vários países, inspiradas nas mais diversas teorias, algumas com um pensamento mais voltado para a intervenção estatal, como foi o Keynesianismo, que tinha como objetivo criação de empregos, controle da inflação e também a criação de políticas voltadas para a vida dos trabalhadores como direito ao seguro desemprego, salário mínimo, entre outras políticas que pudessem proporcionar uma vida um pouco mais digna para os trabalhadores dentro da economia capitalista, e do outro lado políticas inspiradas em teorias desenvolvidas para o capitalismo na sua forma mais pura, como foi o neoliberalismo, nascido no Reino Unido e implantado também em países sul americanos e outras potências imperialistas, que consistia numa menor intervenção estatal na economia e aplicando políticas completamente violentas contra os trabalhadores como perda de direitos, redução de salários, terceirizações, venda de empresas estatais, além da abertura econômica para o capital imperialista, no caso dos países menos desenvolvidos. Essas políticas não tiveram os efeitos esperados justamente por não priorizarem os trabalhadores e muito menos serem de cunho revolucionário, afinal, apesar de algum assistencialismo aos trabalhadores como foi o caso do Keynesianismo, as políticas econômicas foram pensadas para atender o capital, a burguesia, e a manutenção do capitalismo, e mesmo assim o sistema ainda encontra sérias dificuldades em se manter, demonstrando a sua decadência.
O cenário que já estava em situação instável por todos esses anos levou um golpe ainda maior no começo do ano de 2020: uma pandemia que gerou uma crise sem precedentes. Economias que já vinham de crescimentos praticamente nulos e crises constantes do mercado financeiro se viram obrigadas a pararem completamente a maioria das suas atividades e o mundo capitalista praticamente parou por completo. Com isso, o que já estava difícil passou a ficar insustentável, e a crise está a cada dia mais acirrada com perspectivas nem um pouco animadoras e ao mesmo tempo imprevisíveis de determinarmos quais suas reais dimensões. Para o ex secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Larry Summers, “esta será a maior crise econômica global desde a Segunda Guerra”, e os Estados Unidos deverá chegar a marca de quase 20% de desempregados antes desse período terminar. A crise não será exclusividade da maior potência imperialista mundial, países europeus projetam quedas econômicas que podem chegar até 13%. No Brasil, em dados muito otimistas, a queda esse ano pode chegar a 5%. O número de desempregados e de trabalhadores entrando para a situação de pobreza cresce a cada dia, e isso é reflexo das crises sucessivas do capitalismo que o deixa cada vez pior, justamente pelas políticas adotadas para que os trabalhadores paguem pela crise e mantenham os lucros burgueses. Porém, a situação tende a ficar insustentável e o caos social é inevitável, principalmente em países onde os governos são completamente genocidas, como é o caso do Brasil e seu presidente fascista Jair Bolsonaro.
O capitalismo está em ruínas e é chegada a hora de uma maior mobilização dos trabalhadores para a construção do governo operário. Os trabalhadores que se encontram a cada dia mais exaustos de todas as suas condições sociais e de terem que levar as consequências de políticas cada vez mais agressivas contra o proletariado e colocando suas vidas em risco por culpa da classe burguesa precisam se organizar para a revolução proletária e a construção de um governo que dê aos mesmos uma vida digna, de igualdade e justiça.