Na última segunda-feira (12), o Ministério Público Federal (MPF) enviou uma equipe para averiguar o trabalho da “Operação Acolhida”, um projeto encampado pelo exército, em Roraima, e que teria, supostamente, o objetivo de organizar a distribuição dos imigrantes venezuelanos pelo País.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão teria visitado a ocupação Ka´Ubanoko, onde vivem cerca de 850 imigrantes venezuelanos. Durante os dias 13 e 15 de outubro, visitaração outras ocupações como a Warao, Kariña e E’ñepá. Segundo informações, o objetivo é recolher informações para trabalhar junto à Operação Acolhida, e garantir que os direitos do imigrante sejam atendidos.
No entanto, no mês passado a Procuradoria entrou em contato com a Operação solicitando explicações sobre o repentino esvaziamento de recursos e a ameaça de acabar com a operação. Ou seja, a tal Operação “Acolhida” é, na verdade, uma grande fraude para dar uma roupagem legal ao controle dos imigrantes pelo governo Bolsonaro.
Bolsonaro, colocando o Brasil no lugar de colônia norte americana, alega ser inimigo da Venezuela, no entanto, aplicará a mesma política de devolução de imigrantes do governo Trump. A Operação Acolhida, em verdade, é uma política bolsonarista e deportação dos imigrantes é a política do Brasil hoje que, além de cumprir o papel de capacho dos EUA, bate recordes de desemprego durante o governo impopular e ilegítimo de Jair Bolsonaro.
Este diário denuncia abertamente a perseguição da direita e da extrema-direita no Brasil ao presidente legítimo da Venezuela, Nicolás Maduro, defendendo sua permanência, que é assegurada pelo povo venezuelano. Entretanto, reconhece o direito democrático dos imigrantes vindos do país de serem recebidos e colocados sobre uma vida digna no lugar onde bem entenderem, nesse caso, no Brasil.