Em meio ao caos provocado pela imensa explosão ocorrida no porto de Beirute, capital do Líbano, o primeiro ministro, Hassan Diab, propôs a antecipação das eleições como forma de arrefecer o descontentamento da população com a “corrupção” do governo Libanês.
Até o momento não se sabe ao certo as causas da explosão no porto de Beirute, no entanto grupos se adiantaram em acusar o governo pelo ocorrido, um desses grupos é formado por militares da reserva, que estão participando ativamente dos protestos, grupos esses que não se pode chamar com 100% de certeza de: “povo libanês”.
A destruição causada pela explosão acentuou a já delicada situação econômica do país, que vem sendo afetada pelo embargo econômico americano que impediu que o país receba ajuda de países como Irã. Cabe ressaltar que bem antes da explosão o Líbano já sofria com o desabastecimento de itens essenciais para a população.
Nessa disputa as forças imperialistas na região vem estrangulando a economia, e por outro lado, o nacionalismo local, representado por diversos grupos religiosos e étnicos, tenta ganhar apoio político para salvar o país de uma intervenção externa.
Nesse contexto, os países imperialistas liderados pelos Estados Unidos e França, tentam já há bastante tempo colocar as milícias tais como o Hezbollah e toda e qualquer força nacionalista, para fora do cenário político Libanês.
É preciso esperar os próximos acontecimentos, mas tudo indica que o imperialismo tem todo interesse em usar a situação para controlar o Líbano. A proposta de antecipar as eleições se enquadra neste cenário.