Foi na batalha de Boyacá, em 7 de agosto de 1819, durante a guerra de independência da Colômbia, quando se confrontaram, de um lado, o exército realista do governo colonial e, do outro, as tropas de independência comandadas por Simón Bolívar e Francisco de Paula Santander, ao lado da ponte Boyacá, e após 77 dias de campanha, e mediante a elaboração de uma estratégia promovida pelo general Santander, que permitiu aos patriotas tirar proveito de uma vantagem que permaneceu pelo resto da batalha, que se deu a libertação e o sucesso da Campanha Libertadora de Nueva Granada. Seu objetivo já havia sido expresso no Congresso de Angostura por Simón Bolívar, quando formulou a criação da República da Colômbia independente do domínio espanhol.
A principal causa desse confronto militar foi a tentativa de criar um novo país que incluísse, além da mencionada Nova Granada, os territórios da Capitania Geral da Venezuela e a Audiência Real de Quito, todos em mãos espanholas.
Também é preciso que se diga, que, contra a dominação espanhola, Bolívar obteve ajuda da Inglaterra. E, mais tarde, já próximo à chegada dos século, também do imperialismo norte-americano.
Embora um país de grandes dimensões, a Colômbia sempre foi um país agrário, e sempre esteve sob a dominação de uma política da oligarquia agrária colombiana e de empresas estrangeiras, principalmente norte-americanas, que dominaram a área agrícola. Inclusive, essa tem sido a tônica e que conduz a economia por lá até hoje, sendo essencialmente um país exportador, se destacando pelo café muito comemorado.
O forte eixo da luta na Colômbia tem sido entre a oligarquia agrária, nacional e estrangeira, e os camponeses, que são, na sua imensa maioria, de procedência indígena, apesar de ter uma pequena parcela de procedência dos escravos africanos.
A luta na Colômbia sempre foi extremamente violenta. Pode, inclusive, ser representada pelos anos mais recentes, a guerra do governo colombiano, ao lado dos norte-americanos, contra os narcotraficantes colombianos. Isso não é uma exceção, mas uma regra na história da Colômbia.
Desde que foi ratificado o cessar-fogo entre as FARC e o governo colombiano em 2016, o número de mortos entre os camponeses e aqueles que os apoiam não para de crescer. O cessar-fogo era condicional, e com ele a deposição das armas pelas FARC. O problema é que o estado colombiano continua armado e, quando é para eliminar quem se opõe à sua política ditatorial e direitista, deixa o caminho aberto para que os grupos paramilitares façam o serviço sujo.
Isso é o que configura uma ditadura, que, entre outras coisas, elimina de forma totalmente ilegal seus opositores.
Ivan Duque, que se elegeu presidente da Colômbia nas eleições de junho de 2018, o fez com o apoio do setor mais reacionário da classe dominante colombiana, estando conectado ao para-militarismo e aos grandes criadores de gado.
Preso à dominação estrangeira dos norte-americanos e a essa oligarquia conservadora e fascista, é preciso que o povo lute para se ver livre da opressão que lhe é imposta, e ponha fim a esta dominação.





