Amanhã é 7 de setembro, dia de demagogia da extrema-direita com os símbolos nacionais, mas também dia do Grito dos Excluídos. Um grande protesto de massas em defesa de reivindicações sociais e um contraponto ao falso patriotismo da direita, que veste as cores do País para entregar suas riquezas para estrangeiros. Será uma oportunidade mais uma vez para manifestar a oposição popular ao governo golpista e ilegítimo de Jair Bolsonaro, um governo mais impopular a cada dia, e que não consegue mais esconder essa impopularidade.
Durante essa semana, Bolsonaro fez um apelo a seus apoiadores, lembrando Fernando Collor, para irem de verde e amarelo às manifestações do dia 7. Deixou os setores de esquerda que tinham feito o mesmo chamado sem cor para ir à manifestação, como a direção da UNE, que se saiu do problema chamando todos a irem de preto, tentando também lembrar Collor. Mas a hora é de se opor à direita, e fazer um protesto contra a direita, inequivocamente de esquerda. Com palavras de ordem da esquerda, e com a cor da esquerda: o vermelho.
O Grito dos Excluídos é uma atividade tradicional da esquerda brasileira, e vem sendo realizado desde 1995. Em alguns anos é maior, em outros é menor. Mas é sempre uma ocasião de mobilização popular por suas reivindicações. Esse ano há a particularidade de que já estamos no meio de uma onda de mobilização. Em maio, junho e agosto foram realizados grandes atos contra o governo, em que as massas pediam: fora Bolsonaro! O Grito dos Excluídos é uma oportunidade de levantar essa palavra de ordem mais uma vez.
Além de Fora Bolsonaro!, é hora de levantar também a palavra de ordem pela liberdade do ex-presidente Lula. Os vazamentos da Lava Jato deixaram ainda mais claro que houve uma perseguição e uma armação contra Lula, preso político da direita golpista. A liberdade de Lula tornou-se uma questão central em relação à democracia. Se o povo, supostamente, exerce seu poder representativo elegendo quem quiser por meio do voto, Lula, que era líder em todas as pesquisas ano passado, não poderia ter ficado fora do processo. É uma reivindicação democrática essencial.
Portanto, dia 7 de setembro é dia de se mobilizar, de tomar as ruas do País com o vermelho, e entoar as palavras de ordem da esquerda contra o regime político que os golpistas estão procurando estabilizar sobre novas bases. O momento é propício para a mobilização e deve ser aproveitado, pois Bolsonaro e um grande perigo para a classe trabalhadora. Fora Bolsonaro! Liberdade para Lula!
