Os céticos perguntam: mas chegou o momento de se criar a IV Internacional? É impossível, dizem, criar uma internacional “artificialmente”; somente grandes acontecimentos podem fazê-la surgir, etc., etc. Todas essas objeções demonstram apenas que os céticos não servem para criar uma nova Internacional. Em geral, não servem para praticamente nada.
A IV Internacional já surgiu de grandes acontecimentos: as maiores derrotas do proletariado na história. A causa dessas derrotas deve ser encontrada na degeneração e na perfídia da velha direção. A luta de classes não tolera interrupções. A III Internacional, seguindo a II Internacional, morreu para os propósitos da revolução. Viva a IV Internacional!
“Chegou a hora de se proclamar a sua criação?” Os céticos não se calam. A IV Internacional, respondemos, não tem necessidade de ser “proclamada”: existe e luta. É fraca? Sim, as suas fileiras não são numerosas, porque ainda é jovem. São, até agora, principalmente quadros. Mas esses quadros são uma promessa do futuro. Fora deles, não há uma única corrente revolucionária neste planeta que mereça realmente o nome de revolucionária. Se a nossa Internacional é ainda fraca em número, é forte na doutrina, no programa, na tradição e na têmpera incomparável dos seus quadros. Aquele que não vê essas coisas hoje, que permaneça, por enquanto, à parte. Amanhã, elas se tornarão mais evidente.
A IV Internacional, já hoje, é odiada merecidamente pelos stalinistas, social- -democratas, liberais burgueses e fascistas. Não há, nem pode haver lugar para ela em nenhuma das Frentes Populares. Ela dá combate intransigente a todos os grupos políticos colocados no bolso do avental da burguesia. A tarefa dela é a abolição da dominação capitalista. O objetivo dela, o socialismo. O método, a revolução proletária.
Sem democracia interna, nenhuma educação revolucionária. Sem disciplina, nenhuma ação revolucionária. A estrutura interna da IV Internacional baseia-se nos princípios do centralismo democrático: plena liberdade na discussão, completa unidade na ação. A crise atual da cultura humana é a crise da direção proletária. Os operários avançados, unidos na IV Internacional, mostram à sua classe a saída da crise. Oferecem a ela um programa baseado na experiência internacional da luta do proletariado e de todos os oprimidos do mundo pela libertação. Oferecem uma bandeira sem mácula.
Operários e operárias de todos os países: colocai-vos sob a bandeira da IV Internacional! É a bandeira da vossa vitória que se aproxima!