Nesta sexta-feira, dia 29, foi divulgada a Pesquisa por Amostra de Domicílio (PNAD) que mostra que o número de desempregados no Brasil já chega a 12,4 milhões. Somam-se a isto os 24,4 milhões de brasileiros que estão no trabalho informal e 11,9 milhões sem carteira assinada no setor privado. A classe trabalhadora brasileira já passa por uma catástrofe social e econômica, agravada desde o golpe de Estado dado em 2016.
Essa situação traz à tona a necessidade de uma proposta de reivindicação que mobilize a classe trabalhadora para enfrentar o problema específico do desemprego. Juntamente com as questões políticas gerais, como a luta pela derrubada do governo golpista, a luta pelos direitos democráticos que estão sendo atacados pela direita, etc, é necessária uma proposta para enfrentar o desemprego.
A luta pela redução da jornada de trabalho é uma reivindicação tradicional do movimento operário. Ela é capaz de mobilizar de maneira unificada tanto os empregados como os demitidos e desempregados. Os primeiros, porque é uma defesa de que trabalhem menos, o que significa melhoria das condições de vida do trabalhador, já para os desempregados, é uma proposta para que aumente o emprego para que ninguém fique sem.
Para o PCO, a luta deve ser por uma jornada de 35 horas semanais sem redução do salário.
Os capitalistas, logicamente, irão alegar que há crise. No entanto, na crise existem apenas dois lados: os patrões e os trabalhadores. É preciso defendem o interesse dos trabalhadores. Se há crise, são os empresários que devem arcar com ela ou entregar a empresa para o controle daqueles que produzem. Os milhões de trabalhadores precisam sobreviver.
Essa proposta, que é vital para os trabalhadores, tem condições de mobilizar as amplas massas. A situação no Brasil de Bolsonaro é insustentável. Essa é a proposta para lutar contra os golpistas e nesse sentido é um complemento à palavra de ordem de fora Bolsonaro. Não dá para passar mais nenhum dia sem uma campanha séria que ataque o desemprego de frente. Essa é a questão essencial da mobilização e do enfrentamento com a direita.