Com apenas um mês, o governo do golpista Jair Bolsonaro já cortou 381 mil benefícios do Bolsa Família. Surgido em 2004, durante o governo Lula, o programa visava atenuar os efeitos da miséria nas regiões mais pobres do país, como regiões mais atrasadas ou periferias das grandes cidades. Era uma política típica de um governo nacionalista burguês, que por um lado se apoiava na burguesia nacional, e por outro se apoiava nos trabalhadores com concessões sociais.
Essas concessões sociais são justamente um dos motivos do golpe. O programa neoliberal, imposto pelo imperialismo aos países atrasados, é um programa de miséria e fome para amplos setores da população. Esse é o programa que Bolsonaro está começando a aplicar contra o povo brasileiro em proveito de interesses de especuladores e grandes monopólios imperialistas. Depois de se afundarem em uma crise, os capitalistas procuram descontar nos trabalhadores o preço dessa crise.
Em dezembro, os beneficiários eram 14,1 milhões de pessoas, em janeiro passaram para 13,7. O Ministério da Cidadania, comandado por Osmar Terra, alega (em reportagem do UOL) que as razões para isso são “cancelamentos relacionados aos procedimentos de Averiguação e Revisão Cadastrais, Fiscalização, desligamentos voluntários, descumprimento de condicionalidades ou superação das condições necessárias para a permanência no Bolsa Família”. Outros motivos seriam “oscilações mensais de seu quantitativo em virtude dos processos de ingresso de famílias no programa, cancelamentos e manutenções dos benefícios.”
Mas a verdade é que acabar com programas sociais e gastos públicos que beneficiam os trabalhadores é o programa da direita golpista. Para isso deram o golpe. Para enfrentar essa situação, é preciso se mobilizar para derrotar a direita e o golpe. Enquanto o governo golpista durar os ataques aos trabalhadores continuarão.