Dia 14 de setembro será realizado um grande Ato em Curitiba para exigir a anulação de todas as condenações da operação lava jato e liberdade do ex-presidente Lula e de todos os presos políticos do regime golpista.
Preso político da direita golpista, Lula é mantido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril do ano passado. O problema da sua prisão arbitrária, na Bastilha da Lava Jato é uma questão central na política brasileira atualmente, e os desdobramentos da mobilização em torno dessa questão devem ser determinantes para o futuro da luta política contra a direita golpista e o regime político novo que essa direita tenta erguer, com tendências a um autoritarismo ferrenho para conter os trabalhadores e suas organizações.
A razão para a liberdade de Lula ser um fator determinante na luta política em curso é que ela colocaria o regime político em xeque. As instituições controladas pelos golpistas estão organizadas para manter Lula preso a qualquer custo, apesar de todas as evidências que surgem a cada dia de que sua prisão é uma completa arbitrariedade, baseada em uma condenação sem provas proferida por um juiz que tramou contra o réu durante o processo e violou a própria Constituição para prendê-lo e afastá-lo da vida pública.
Uma vitória da mobilização contra todo esse aparato golpista desmantelaria um importante mecanismo da direita golpista e a colocaria na defensiva diante dos trabalhadores. O próprio esforço da direita dentro das instituições para manter essa prisão é uma demonstração de que essa pauta é central.
Outro problema para a direita, além do fato de que seu aparato persecutório seria desmanchado, é a polarização que Lula intensificaria, independentemente da política que adotasse, estando solto. A direita tem consciência desse problema e por isso se organiza para impedir que esse elemento seja acrescentado à crise do seu governo ilegítimo, encabeçado por Jair Bolsonaro. O ex-presidente tenderia a concentrar em sua figura, aos olhos dos trabalhadores, uma oposição a todas as políticas de Bolsonaro, tornando-se um fator de grandes mobilizações contra o governo e pela sua derrubada.
Conscientes desses aspectos da luta política em curso contra a direita golpista, os trabalhadores devem agir no sentido contrário da direita. Enquanto Moro, Bolsonaro, todas as camadas do Judiciário e a imprensa burguesa fazem de tudo para que Lula continue preso, as massas devem exigir sua imediata libertação. Enquanto a direita golpista procura impedir que se desenvolva a polarização política no País de modo que possa estabilizar o regime político, as organizações de luta devem incentivar a polarização, inclusive em torno da exigência de liberdade para Lula.
Por isso, dia 14, é preciso lotar a cidade de Curitiba em uma grande mobilização contra a prisão de Lula. Em um grande ato unitário da esquerda em torno dessa reivindicação central.
Todos a Curitiba! Liberdade para Lula!