Nesta quarta-feira (7), o ex-presidente Lula, preso político dos golpistas há mais de um ano, denunciou em entrevista ao jornalista Eduardo Guimarães, editor do Blog da Cidadania, que na última terça-feira (6) policias federais invadiram sua cela, na superintedência da Polícia Federal em Curitiba, às 6 horas da manhã, para intimidá-lo.
Como foi afirmado em outra matéria do Diário Causa Operária, “os agentes fascistas invadiram a cela de Lula para entregar uma intimação a fim de que o ex-presidente depusesse às 10h do mesmo dia em ação que tentou prender a também ex-presidenta Dilma Rousseff”. A ex-presidente petista, deposta pelo golpe de 2016, havia sido intimidada pela Polícia Federal – de Sérgio Moro e Jair Bolsonaro – que pediu sua prisão, assim como a de seu ex-ministro, Guido Mantega (PT), e do ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB).
Lula, principal preso político do golpe, afirmou que a operação criminosa e fascista da Polícia Federal era uma “palhaçada”.
“Você acredita que entraram ontem na cela que eu estou 6 horas da manhã? Como se tivessem fazendo uma coerção!”, afirmou o ex-presidente.
Com isso, fica muito claro o objetivo da operação Lava Jato. Foi criada pelo imperialismo com o intuito de perseguir adversários políticos. Uma verdadeira operação fascista, que tem como fundamento a destruição das organizações de esquerda, através da perseguição política judicial, e de setores da burguesia nacional para abrir caminho para a dominação política completa do do capitalismo estrangeiro sobre o país.
Todas as ações contra Lula comprovam este caráter fascista da operação Lava Jato, que tem atuado para intimidar o ex-presidente. Desde a condução coercitiva ilegal que foi realizada em 2016 até sua prisão política ilegal em 2018. Mas, como fica comprovado, os ataques da operação a Lula não pararam por aí. Até agora, invadem sua cela, censuram-no – como fizeram durante as eleições do ano passado – e procuram caluniá-lo na imprensa.
As arbitrariedades contra Lula não cessam. Por isso, é preciso exigir sua liberdade imediata e a anulação de todos os processos contra ele, além de todos os processos da operação Lava Jato, que foram todos realizados de forma criminosa. É uma luta, neste sentido, democrática que precisa ser defendida.
Não será, entretanto, o judiciário que irá libertar Lula, como ficou comprovado por diversas outras ocasiões. Apenas saindo às ruas, com atos combativos, será possível conquistar a liberdade do ex-presidente, o restabelecimento de seus direitos políticos e a derrota do golpe.