Da redação – No último sábado (30) o PCO realizou, em Florianópolis, uma das edições do curso “O Programa para a Revolução Socialista nos Dias de Hoje – O Programa de Transição da IV Internacional”.
Embora sejam realizados com frequência cursos deste tipo pelo PCO na região, esta edição irritou a direita e recebeu a atenção especial da fascista Joice Hasselmann.
Em sua rede social, ela compartilhou o convite do curso e emitiu o seguinte grunhido: “um baú de velhas novidades e quem paga a conta das universidades é você”. E como era de se esperar, a manada de seguidores deu continuidade. Entre latidos e relinchos, alguns ameaçavam: “é só pegar a lista de presença e marcar todo mundo”. Outros achavam um absurdo “universidade falar de política”. Alienados que são, todos ignoravam que basta acompanhar o calendário acadêmico de qualquer universidade federal para ver como são comuns os debates sobre questões políticas, tanto pelo viés de esquerda como de direita.
Coxinhas desocupados telefonavam para os números de contato fornecidos. De várias regiões do Brasil. Alguns mandando a equipe “trabalhar” (num sábado à tarde). Outros, xingando, conforme a limitada capacidade intelectual. A histeria foi tanta que jornais de outros estados ligaram para os militantes com a seguinte questão: “recebemos a informação de que a UFSC está pagando cursos para treinar combatentes para a revolução socialista.”
Apesar disso, o curso ocorreu como previsto, mostrando que: (1) Santa Catarina não está “tomada por fascistas” e, (2) para cada 100 fascistas que latem nas redes sociais e por telefone, zero aparecem para tirar satisfação.
Mas para além do espetáculo cômico encenado pela direita, duas questões merecem a especial atenção da militância revolucionária. O primeiro é a importância do evento ter acontecido dentro de uma universidade pública e federal. De longe, este curso irritou mais a direita do que atividades organizadas em outros espaços. Trata-se de uma amostra cabal dos motivos para a direita querer, logo, sucatear e privatizar as universidades públicas, nomear diretores biônicos, colocar a Polícia Militar dentro do campus e reprimir organizações estudantis.
O segundo é o incômodo causado pela presença do PCO e dos Comitês de Luta Contra o Golpe numa universidade federal. Divulgações de eventos “de esquerda” não são raros nos murais universitários. Desde cursos de formação marxista a debates e mostras de filmes críticos. Mas alguma coisa parece ter irritado os coxinhas para mais do que o normal.
A repercussão evidencia a política correta do Partido da Causa Operária e dos Comitês de Luta Contra o Golpe. É necessário ocupar e levar a formação revolucionária para dentro das universidades e ocupar este espaço, que é público e estratégico.