No dia 28 de junho de 2018, o dono de um frigorífico da cidade de Ibiporã, no norte do Paraná, foi preso durante uma fiscalização da Polícia Ambiental (PA) e do instituto Ambiental do Paraná (IAP).
Foram constatadas várias irregularidades, dentre elas, o escoamento de sangue dos abates e descarte de entulho de construção no ribeirão Lindoia, criação de gado em área de preservação ambiental permanente, tanques de decantação do lençol freático, unhas, cabeças de animais e carvão a céu aberto.
Os funcionários do frigorífico trabalhavam sem equipamentos de proteção e segurança, os uniformes eram inadequados para o tipo de atividade, os trabalhadores das câmaras frias não tinham descanso térmico – o que a legislação determina é de, a cada 1h40 de trabalho nas câmaras frias, o funcionário tem 20 minutos de descanso, seja ele estando todo o tempo dentro ou, entrando ou saindo dela. Além de o horário de trabalho ser superior ao limite permitido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) etc.
Até mesmo a licença para o funcionamento do frigorífico estava vencida e sequer foi apresentada a licença prévia de instalação de nova estação de tratamento de águas.
O caso de prisões de empresários no Brasil é raro e, em se tratando do setor que envolve os frigoríficos, bem como, o que tem relação direta ou indireta com eles, como a criação de gado, suíno e aves, por exemplo, é mais difícil ainda de acontecer, muito ao contrário disso, esse setor é denunciado com regularidade sobre o trabalho escravo, isso em pleno século XXI.
Mesmo nessas circunstâncias, o que se apresenta para os donos dos frigoríficos são, nada mais nada menos que projetos para que essas irregularidades sejam legais, como o presidente da república ilegítimo, o fascista Jair Bolsonaro vem fazendo com as Normas Regulamentadoras (NRs) ou mesmo sua ministra da agricultura, Tereza Cristina, golpista e latifundiária, com a extinção das fiscalizações aos donos dos frigoríficos.
O risco de ocorrer coisas piores está por vir, pois os golpistas, para pagar uma dívida com os patrões, vão fazer de tudo para que não ocorram prisões como a do Joaquim Gangorra Filho.





