A política de devastação nacional colocada em prática pelo governo golpista de Jair Bolsonaro é tão ampla que é difícil enumerar todos os ataques contra o povo. Nessa quarta-feira, dia 6, foi a vez de um novo leilão do pré-sal, o “Megaleilão” que prometia arrecadar R$ 106,5 bilhões mas só arrecadou R$ 70 bilhões, dois terços do previsto.
Esse resultado não é nada mais do que um efeito da política radicalmente entreguista do governo brasileiro. A demonstração de capachismo e subserviência é tão grande, que os capitalistas entendem que podem diminuir o preço, pois o petróleo será entregue de qualquer jeito. Esse se consolida como um dos maiores roubos da história do País.
Nesta semana, também, Paulo Guedes apresentou seu pacote econômico com uma série de reformas administrativas. Entre elas, ataques aos servidores, congelamentos de verbas para saúde e educação nos municípios, privatizações, a redução de reajuste real do salário mínimo e muitas outras medidas.
Uma verdadeira destruição da economia nacional está em marcha. Essas medidas, se somam aos ataques contra a indústria nacional, ao fechamento de empresas, à reforma trabalhista e da Previdência. Apenas para ficar nos ataques econômicos.
Há também todos os ataques políticos contra os direitos democráticos do povo, as organizações populares, as ameaças de um golpe militar.
Quando o golpe foi dado contra Dilma Rousseff, que culminou na prisão de Lula e na fraude eleitoral que deu a vitória para Bolsonaro, o objetivo do imperialismo, que está por trás do golpe, é justamente destruir o Brasil. Transformar o Brasil novamente em uma colônia agrária e escravizar o povo.
Diante de um governo como esse, a única luta real é pela sua derrubada. Não é possível uma política que procure reformar o governo e o regime golpista. Quanto mais tempo durar esse governo, maior a devastação do País. Apostar na eleição é uma maneira de fazer o País agonizar esperando que diferente do que aconteceu em 2018, os golpistas façam eleições limpas e a esquerda – por algum milagre – retorne ao poder.
Mesmo se fosse possível acreditar nesse conto de fadas, quando a esquerda voltasse ao governo talvez o Brasil nem sequer existisse. Como reconstruir tudo o que foi devastado pelo golpe?
Por isso, a política da esquerda que evita a qualquer custo chamar o povo na rua para derrubar Bolsonaro é criminosa. Não é possível esperar até 2022, o povo brasileiro não tem tempo para isso. E o povo dá mostras de que não quer esperar.
É preciso colocar na ordem do dia a derrubada do governo e a destruição do regime golpista, antes que ele termine de extinguir o País.