Imprensa golpista

“Mulher é pra tomar conta da casa”: é isso o que quer a direita

O comentário de Daniel Campelo expressa bem o que pensa não só a direita, mas a política do governo golpista de Bolsonaro, que quer empurrar as mulheres para o serviço doméstico

O governo do ilegítimo e golpista Jair Bolsonaro tem aberto as portas para a direita difundir seus pensamentos esdrúxulos sobre a classe trabalhadora e grupos oprimidos como mulheres, negros, LGBTs, etc. Assim fez o comentarista de futebol, Daniel Campelo, na Jovem Pan em Fortaleza, ao afirmar que “mulher deve tomar conta da casa, do marido e dos filhos”, expressando não só o que pensa a direita golpista, mas o que efetivamente a direita quer fazer com as mulheres: empurrá-las para o serviço doméstico, para serem donas de casa.

O comentário atacando as mulheres foi falado ao vivo durante uma partida de futebol entre Ceará e Avaí, no último domingo (13). Para Campelo, lugar de mulher é em casa cuidando dos filhos e não participando de partidas de futebol. Na segunda-feira (14), o comentarista direitista foi questionado sobre os comentários reacionários sobre as mulheres no futebol, mas sua resposta foi tão repulsivo quanto a primeira: “Eu não disse brincando não. E repito aqui. Quem não gostar, tire a calcinha e pise em cima”.

Jovem Pan já é mais do que conhecida como uma das porta-vozes do pensamento arrogante e conservador da direita que tomou conta do poder, desde o golpe de 2016 eles nunca pouparam palavras para caluniar a esquerda e dar apoio às políticas neoliberais que vem sendo aplicadas e intensificadas no Brasil. Dessa forma, fica óbvio que Daniel Campelo se sentiu mais do que a vontade para fazer um comentário daquele, já que a rádio, sendo parte intrínseca da imprensa golpista, não iria impedi-lo ou adverti-lo. Isso porque o pensamento dele é o pensamento da imprensa golpista, da direita e, especialmente, do governo Bolsonaro e de figuras como Damares Alves, a ministra conservadora que também acha que o papel da mulher é ficar dentro de casa.

A ideia principal é reprimir não só as mulheres, mas a classe trabalhadora em geral, já que esse tipo de posicionamento é apenas uma porta para o enxame de posicionamentos direitistas contra a os trabalhadores, e que objetiva a exploração e opressão às ultimas consequências. Contudo, o combate a esse tipo de discurso não pode ser via censura, pois, no fim das contas, essa política sempre acaba se voltando contra a esquerda. Campelo tem o direito de falar o que quiser e ninguém pode censurá-lo, principalmente o Estado, que já foi corroído há tempos pelos golpistas, sendo assim, nada aconteceria com a Jovem Pan, por exemplo.

A política central de combate a esses grupos reacionários, que pregam sem medo a opressão da mulher, deve vir da organização das mulheres, de forma independente, objetivando a derrubada dos golpistas que estão no poder, já que foi o golpe que abriu espaço para aberrações desse tipo. É só a partir da organização dos grupos oprimidos, seja em coletivos ou em grupos de autodefesa, que a emancipação dos grilhões da opressão vai se dar de forma efetiva.

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