Na sexta-feira (30-08), o general golpista Floriano Peixoto, presidente da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), do governo fraudulento de Jair Bolsonaro, declarou que não vai acertar a reedição do atual acordo coletivo de trabalho na empresa, que a proposta da ECT é de cortar gastos e benefícios dos trabalhadores para colocar os Correios em uma situação favorável para privatização.
Diante da declaração de guerra do general golpista, e do fim da vigência do acordo coletivo da categoria no dia 01 de setembro, os sindicatos filiados à Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios) haviam decidido em um Consin (Conselho de Representantes) que chamariam greve para o dia 03 de setembro.
No entanto, os sindicatos de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e Bauru, que são controlados por sindicalistas do PCdoB e PMDB, que dividem a categoria através de uma federação fantasma (Findect), foram pressionados por suas bases a se manifestarem sobre a ausência de convocação de assembleia nas suas bases, e se não iriam chamar os trabalhadores a unificar-se na greve nacional.
Sob pressão, o sindicalista Elias Diviza, presidente do Sintect-SP, escreveu para os sindicalistas dos sindicatos ligados à Fentect para que suspendessem a greve marcada para o dia 03 e convocassem greve somente para o dia 10 de setembro.
Imediatamente, a burocracia sindical dos Correios ligada ao Bando dos Quatro (PT, PCdoB, PSTU e diretoria do Sintect-MG, LPS), através de consultas por WhatsApp decidiram abandonar, pela terceira vez nessa campanha salarial, a data da greve do dia 03 de setembro, a fim de adaptar-se a política de contenção dos trabalhadores, promovida pela federação fantasma (Findect) e dos divisionistas que controlam o sindicato de São Paulo e Rio de Janeiro, que haviam convocado assembleias somente para o dia 10 de setembro.
Querem colocar o “leme” da greve nas mãos dos traidores da categoria
Os sindicalistas da federação fantasma, principalmente o presidente do Sintect-SP, Elias Diviza, ressuscitaram a federação fantasma, criada pela direção da ECT, para dividir a categoria no inicio dos anos 90, para impedir a unidade da categoria em torno da Fentect, federação criada pelos trabalhadores.
Somente a luta contra os traidores da federação fantasma é possível unificar a categoria contra os ataques da direção da ECT e do governo direitista e privatista de Jair Bolsonaro, o cancelamento da greve do dia 03 de setembro, para validar a convocação do dia 10 de setembro pelos dirigentes sindicais da Findect é colocar os trabalhadores dos Correios e a greve nacional nas mãos do setor que mais representa os interesses da direção dos Correios.
Nunca é demais lembrar que na greve de 43 dias contra a criação da Postal Saúde, para extinguir os Correios Saúde, foi sabotada pela federação fantasma, como também esses sindicalistas sabotaram a greve da campanha salarial de 2017, quando os trabalhadores lutaram contra a aprovação de mensalidades no plano de saúde. Os sindicalistas de São Paulo entraram depois de 8 dias de greve e no meio da greve, orientou os trabalhadores para aprovarem o acordo, sem incluir a questão da saúde, que ficou nas mãos dos juízes do TST.
Passar por cima da orientação de adiar mais uma vez a greve dos Correios
A proposta de adiar a greve por mais 8 dias, só serve para a direção da ECT se movimentar e desmobilizar a categoria, já que os trabalhadores foram mobilizados para a greve pela própria declaração do general golpista, Floriano Peixoto, que disse que sua política é trocar os trabalhadores concursados por trabalhadores terceirizados.
Além do mais, a categoria já não tem mais contrato de trabalho, os trabalhadores da ECT estão sendo regidos na melhor das hipóteses pela leis trabalhistas, adequadas a famigerada reforma trabalhista que os golpistas validaram no golpista governo de Michel Temer.
É hora de mobilizar todos os trabalhadores para greve, sair em greve dia 04 de setembro, e com a deflagração das greves nos sindicatos da Fentect, ajudar os trabalhadores da base de São Paulo e Rio de Janeiro aprovar greve imediatamente após as assembleias grevistas.
O Sintect-MG que é o maior sindicato dos trabalhadores dos Correios da base da Fentect, deveria ser uma alavanca na luta das bases sindicais de São Paulo e Rio de Janeiro contra a camisa de força estabelecida pelas direções desses sindicatos, no entanto, o grupo “LPS” que controla esse sindicato, entrou também na política de legitimar o controle dos pelegos nessas bases, orientando que suas bases sindicais fiquem a reboque de traidores e divisionistas das categoria.
Os trabalhadores dos correios de Minas Gerais precisam se opor a orientação de conciliação com os pelegos apresentada pela diretoria sindical do Sintect-MG. É preciso uma greve que ultrapasse o controle dos sindicalistas do Bando dos Quatro (PT, PCdoB, PSTU e diretoria do Sintect-MG-LPS) sobre os trabalhadores, já que a greve precisa ser forte, combativa e com ocupação dos prédios da ECT.





