Com 353 operários, o frigorífico Kroth de Venâncio Aires (RS) foi interditado por falta de condições mínimas de saúde e proteção a seus funcionários.
Foram interditadas 17 máquinas pelo Ministério Público do Trabalho (MTP).
Foram negados aos trabalhadores 224 Comunicados de Acidentes do Trabalho (CAT). A subnotificação reina no Kroth que, ao esconder a sujeira por debaixo do tapete, para poder manter a qualquer custo seus altos lucros, causando danos irreparáveis aos seus funcionários.
No Kroth também, como no Frigorífico Seara, do grupo JBS/Friboi de Osasco, o quadro de avisos nunca consta qualquer acidente, como diz no Seara “não há nenhum acidente com afastamento nesta fábrica”, apenas uma figura de linguagem diante dos 224 acidentes não notificados, apesar de inúmeros prontuários médicos que e nexos causais.
O termo de interdição proferido pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério da Economia (ME), informa que foram interditados uma máquina de lavar, duas centrifugadoras de roupas, uma secadora de roupas, uma centrífuga de carne no setor de abate, uma polidora no setor bucharia suja, uma centrífuga de bucho 60 folhas no setor bucharia suja, uma moedora de carne no setor de desossa, uma misturadora de carne no setor de desossa, uma serra de carcaça no setor de abate, uma serra do dianteiro no setor de quarteio, transportadores contínuos helicoidais, de materiais (roscas sem fim), setores caracterizados como espaços confinados – serviços de entrada e de permanência nesses espaços, duas serras fitas nos setores desossa e bucharia suja, serviços envolvendo trabalho em altura no setor de limpeza de caminhões, montagem de caixas e nos acessos aos setores de subestação elétrica, forro (piso técnico), silo de farinha na Graxaria, serviços/atividades de movimentação de cargas nos diversos setores, atividade de movimentação de cargas com paleteiras manuais e setor de bucharia suja.
Não é de se espantar que, a cada dia seja apresentados novos casos, e com bastante frequência, principalmente no setor frigorifico que, mesmo com tantas irregularidades escondidas dia após dia estar, há muito tempo como o primeiro em acidentes e doenças ocupacionais e, ainda com um agravante, com o governo fraudulento do Jair Bolsonaro de extinguir as Normas de Segurança (NRs) e o aumento da liberdade dada pela ministra da agricultura, latifundiária e golpista, Tereza Cristina, dos patrões agirem do jeito e da forma que quiserem quanto à fiscalização de si mesmos em seus frigoríficos, abatedouros, etc.





