Após denúncias de tortura psicológica, Assange é movido para sala hospitalar da prisão por perda de peso

Preso político do imperialismo, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, foi movido para a sala hospitalar da prisão em que se encontra, a de Belmarsh, em Londres, segundo fonte do jornal britânico The Sun. O ativista teria tido uma perda de peso repentina.

“Assange está geralmente mal, mas recentemente tem se debatido para comer, o que tem piorado a sua saúde. Ele parece à beira do colapso, magro e frágil e por isso o transferiram por precaução”, disse a fonte do tabloide. “Alguns dos seus problemas de saúde parecem advir de ter estado tanto tempo confinado na embaixada [do Equador]. E o seu estado mental não é ótimo, também”, completou.

Na semana passada, o relator especial das Nações Unidas para a tortura, Nils Melzer, informou que visitou Assange na prisão em 9 de maio. Após ter realizado um “exame médico aprofundado”, ele constatou que, “além de problemas físicos, o sr. Assange apresenta todos os sintomas típicos de uma exposição prolongada à tortura psicológica por um período de tempo prolongado”. Segundo ele, o australiano apresenta “uma ansiedade crônica e traumatismos psicológicos intensos”.

Ainda de acordo com a denúncia do alto oficial da ONU, citado pela AFP, é “evidente que a saúde do sr. Assange foi gravemente afetada pelo ambiente hostil ao qual foi exposto durante vários anos”. “O sr. Assange foi deliberadamente exposto, durante vários anos, a formas graves de dor ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, cujos efeitos cumulativos podem também ser descritos como tortura psicológica”, continuou. Conforme avaliação do psiquiatra que acompanhou a visita de Melzer, o estado de saúde de Assange é “crítico”.

O relator da ONU denunciou ainda a “campanha implacável e sem restrições de intimidação e de difamação contra o Sr Assange, não apenas nos Estados Unidos da América, mas também no Reino Unido, na Suécia e, mais recentemente, no Equador”, exigindo que “a perseguição coletiva de Julian Assange deve terminar de imediato”.

Já na semana passada, Assange estava sem condições de comparecer a uma audiência relacionada a pedido de extradição para os EUA, por vídeo conferência a partir da prisão.

O ativista digital foi preso em 11 de abril, graças a uma trama dos imperialismos norte-americano e britânico, e com apoio da Suécia e do regime capacho de Lenín Moreno do Equador. Asilado desde 2012 na embaixada equatoriana em Londres, Assange sofreu com uma deterioração de suas condições de saúde a partir do golpe branco que foi a eleição de Moreno em 2017, traindo o nacionalismo burguês de esquerda de Rafael Correa e sua base popular. Desde então, as condições foram piorando, com a intenção clara dos funcionários da embaixada de dificultarem a permanência de Assange no local.

Conseguiram somente este ano com uma grande e ilegal manobra, passando por cima da constituição do Equador, quando Moreno retirou a cidadania concedida por Correa ao líder do Wikileaks. A prisão de Assange – e todo o processo contra ele, de suposto estupro – não passam de uma invenção fraudulenta do imperialismo para prender e silenciar a voz dos dissidentes que denunciam todas as barbáries e arbitrariedades das ditaduras imperialistas.

Assange é um preso político que pode morrer na prisão – seja em pouco tempo, seja pela prisão perpétua que pode pegar caso vá extraditado para os EUA. Liberdade para Assange!

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