O jornal chinês Global Times denunciou na sua edição de segunda-feira, 2 de setembro, que cidadãos de Hong Kong espalharam pela internet uma foto da diplomata norte-americana Julie Eadeh em reunião com diversas lideranças da oposição. Entre essas pessoas, estava o líder estudantil Joshua Wong, famoso por organizar protestos contra o governo chinês.
Além disso, um artigo publicado pela imprensa de Hong Kong menciona que a diplomata já esteve envolvida em golpes e intervenções imperialistas em outros países, principalmente no Oriente Médio e que seu marido também é da diplomacia norte-americana. Ele também denuncia a interferência de Eadeh nos assuntos internos de Hong Kong através do consulado geral norte-americano na ilha.
Por conta da matéria, o Departamento de Justiça dos EUA agora acusa a imprensa de Hong Kong de “vazar informações privadas de um diplomata dos EUA”. A acusação é absurda, já que a população de um país tem o direito de ser noticiada sobre a presença de agentes estrangeiros em seu território.
A reunião da agente do governo norte-americano com esses líderes da oposição tem caráter especialmente suspeito se considerarmos que Hong Kong está em um período de manifestações com caráter pró-imperialista. Elas foram desencadeadas pela aprovação do governo chinês de um projeto de lei de extradição de cidadãos de Hong Kong para a China continental.
Os atos vêm acontecendo desde julho desse ano e contam com a presença de bandeiras dos Estados Unidos e do Império Britânico e palavras de ordem pedindo pela intervenção imperialista na situação política chinesa. Washington apoia abertamente os manifestantes e incentiva os atos.
Por trás da demagogia feita com a questão da democracia, é importante ressaltar que o imperialismo incentiva essa desestabilização em território chinês a fim de defender seus próprios interesses econômicos e políticos. Toda intervenção imperialista tem como finalidade aumentar a opressão do país no qual ele vem intervir e deve ser rechaçada pelos trabalhadores.





