Os banqueiros golpistas do maior banco privado do país, Itaú/Unibanco, anunciaram, para o próximo mês de agosto um famigerado Plano de demissão “Voluntária” (PDV) com a pretensão de jogar no olho da rua milhares de trabalhadores.
Dados recentes de Pesquisa de Emprego Bancário (PEB), realizada pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelam o verdadeiro absurdo em relação ao número de trabalhadores que perderam os seus empregos na categoria bancária.
Desde 2013 foram 62,7 mil bancários demitidos. Somente no primeiro semestre de 2019 nada menos do que 17.279 trabalhadores foram desempregados, sendo 15.222 admissões (todo mundo sabe da característica dos bancos privados e a sua alta rotatividade de mão de obra, com as demissões atingindo os funcionários mais antigos, que são trocados por novos, com salários bem mais baixos), o que ocasionou o fechamento, definitivo, de 2.057 postos de trabalho bancário.
Foram os bancos múltiplos com carteira comercial, ou seja, a maioria de bancos privados tais como o Itaú, Bradesco e Santander, responsáveis pelo maior número de demissões, totalizando 16.109 demitidos neste primeiro semestre de 2019 com o fechamento definitivo de 1.658 postos de trabalho. Uma verdadeira hecatombe contra a classe trabalhadora.
Os golpistas do Itaú ainda não divulgaram o público alvo do PDV, mas de antemão, segundo os dados divulgado pelos órgãos de pesquisa dos trabalhadores, nada de bom sairá dessa cartola. O que está por vir, em se tratando de banqueiros, é o aumento da ofensiva reacionário dos patrões contra os trabalhadores que visa única e exclusivamente aumentar o lucro através da superexploração e da desgraça dos trabalhadores bancários.
Está colocada a necessidade de uma ampla campanha por parte da CUT e dos sindicatos contra a liquidação da categoria bancária. Portanto, não há tempo a perder. A luta em defesa do emprego deve estar vinculada à luta para derrotar o golpe e suas medidas, única maneira efetiva de se contrapor aos banqueiros e ao governo golpista por eles instalado.





