Da redação – Luigi Di Maio, líder do M5S (Movimento 5 Estrelas), partido com maior bancada no parlamento italiano, anunciou que chegou a um acordo com o Partido Democrático (PD) para formar um novo governo. Com isso, Giuseppe Conte continuará sendo primeiro-ministro, depois de anunciar sua renúncia na semana passada.
Conte havia renunciado por causa de uma manobra da extrema-direita, representada pela Liga, que fazia parte do governo. O líder da Liga, Matteo Salvini, que era ministro do Interior no governo em coligação com M5S criticou o acordo entre o M5S e o PD. Salvini afirmou diante da imprensa que um governo entre esses dois partidos o terá como inimigo, e argumentou que, se o presidente Sergio Mattarella quer um governo estável e duradouro, seria melhor chamar eleições.
A coalizão liderada pela Liga, incluindo a Força Itália, de Silvio Berlusconi, e os Irmãos da Itália, também de extrema-direita, tem mais de 50% de intenções de voto, o que poderia dar maioria absoluta para a extrema-direita, caso o resultado se confirmasse.
A formação de um governo entre o M5S e o PD pode evitar esse desfecho por enquanto. No entanto, é uma saída anti-democrática, pois o PD teve poucos votos para fazer parte de um governo. Ironicamente, isso colocou a extrema-direita na posição de fazer uma exigência democrática, de que o povo decida pelo voto quem formará o próximo governo.