Desde o início da crise do governo de Theresa May, que acentuou-se sobretudo depois do Brexit, Jeremy Corbyn vem sofrendo ataques da direita, seja ela de partidos tradicionalmente de direita na Inglaterra ou de uma ala direitista dentro do próprio Labour Party (Partido Trabalhista), partido liderado por Corbyn. A origem desses ataques deve-se ao fato de Corbyn, líder da oposição, ter grandes chances de ser o próximo primeiro ministro da Inglaterra.
Dentro de seu partido, uma pequena ala de parlamentares que atacava-o sistematicamente, acusando-o sobretudo de ser antissemita, agora rompeu com o Labour, todavia recusando-se a vagar o assento na Câmara dos Comuns – câmara baixa do parlamento inglês.
Ao todo foram noves parlamentares que romperam, dentre eles, Joan Ryan, uma das principais responsáveis pela campanha sionista dentro do partido, que levava uma forte campanha para manchar a reputação de Corbyn com um pseudo antissemitismo.
É importante frisar que essa campanha contra o líder do Labour se dá pelo apoio do mesmo à causa palestina e contra as investidas genocidas de Israel. Desde de que se reuniu com membros do Hamas, os ataques tem sido constantes, sobretudo vindo por parte da imprensa imperialista.
A maioria dos que romperam faziam parte do Labour Friends of Israel (Trabalhistas Amigos de Israel), um grupo de parlamentares do Labour Party que militam em prol de Israel. O grupo que se pretendia independente foi comprovado como uma iniciativa da embaixada israelita, que cobria e direcionava a ação dos parlamentares lobistas. A descoberta deu-se graças a uma pesquisa dos jornalistas da Al Jazeera, que culminou inclusive na produção de um filme produzido pelos mesmos no qual a o funcionamento dessa rede pró israelita vê a luz do dia.
Fica claro que a campanha midiática promovida por Israel e pelo imperialismo europeu quer manchar Corbyn e diminuir ao máximo sua possibilidade de assumir com Primeiro Ministro da Inglaterra. Suas declarações a favor da Palestina, contra as investidas imperialistas do Reino Unido e sua proximidade com os sindicatos ingleses seria um forte golpe para a burguesia inglesa e que reverberaria no burguesia europeia.