Nesta última terça (20), o Governo norte-americano lançou uma ação contra Snowden e o lançamento de seu livro de memórias “Permanent Record” (Eterna Vigilância na versão em português). A motivação seria a “violação expressa de confidencialidade” ao relevar informações das duas agências de espionagens em que trabalhou: a Agência Central de Inteligência (CIA), e a Agência Nacional de Segurança (NSA). Obviamente trata-se de um caso de censura, mesmo os EUA alegando que não querem proibir a circulação do livro, somente que o autor lucre com ele.
Snowden teria que ter “avisado sobre isso às duas agências para que fizessem uma revisão prévia”, ou seja, fazer a limpa e ocultar quaisquer informações comprometedoras sobre o modus operandi do imperialismo norte-americano.
Nas redes sociais, Snowden brincou com a situação fazendo a seguinte declaração: “É difícil pensar em um maior selo de autenticidade que o fato de o Governo dos EUA apresentar uma demanda afirmando que seu livro é tão veraz que escrevê-lo era literalmente contrário à lei”
A censura promovida pelos EUA vem carregada de cinismo, pois, mesmo alegando que não querem impedir a circulação do livro, vão desviar toda a captação para o governo, mais uma prova que o “país da liberdade” não passa de uma democracia de fachada.
Justamente por agirem desse modo, os dois maiores foragidos políticos dos últimos tempos são acusados de vazarem informações privilegiadas dos serviços de espionagem norte-americanos; Julian Assange (criador do WikiLeaks) e Edward Snowden.
Os Estados Unidos são responsáveis por financiar os mais baixos golpes para implantar implacáveis ditaduras no mundo inteiro, tudo isso para encher os bolsos da burguesia imperialista, vazar informações da CIA e da NSA são atos de legítima defesa e defesa dos mais elementares princípios da humanidade: liberdade e autonomia dos povos.