Na última segunda-feira (21), políticos da direita golpista venezuelana se reuniram em São Paulo com representantes da burguesia e do imperialismo, como petroleiras, construtoras e o mercado financeiro.
Os políticos, aliados do golpista Juan Guaidó, apresentaram um plano de privatização para a Venezuela, a fim de entregar os seus recursos e riquezas nacionais para os grandes monopólios internacionais. Por isso mesmo também estavam no evento representantes de governos capachos dos Estados Unidos na América Latina.
O grupo foi apresentado pela “embaixadora” fictícia nomeada por Guaidó no Brasil, María Teresa Belandria. Ele deverá se reunir com representantes do governo brasileiro nos próximos dias.
O plano, conhecido como “Plano País”, já foi exposto nos Estados Unidos, na Argentina, no Chile e no Peru e resume-se em vender as estatais venezuelanas para capitalistas estrangeiros.
“A crise que vivemos na Venezuela pode ser convertida em uma enorme oportunidade em que o Brasil vai ter um papel estratégico e de protagonismo”, declarou o coordenador técnico agroalimentar do plano, Aquiles Hopkins Gonzáles.
O deputado da Assembleia Nacional ilegítima, Juan Andrés Mejía, reconheceu à BBC Brasil qual é o planejamento da direita, ao afirmar que ela busca privatizar as cerca de mil empresas públicas que existem hoje na Venezuela, incluindo as do setor energético – o mais fundamental do país caribenho.
Ele disse também que setores de água e eletricidade poderiam ser privatizados, igualmente. “Cabe ao setor privado produzir alimentos, e é isso que queremos. O mesmo deve ocorrer com o setor da construção. Fazer moradias é uma competência que certamente pode ser repassada ao setor privado. Há serviços que podem ser privatizados rapidamente, como as telecomunicações”, completou.
O que os amigos golpistas de Guaidó estão fazendo é, abertamente, oferecer a Venezuela à venda para todos os capitalistas que estejam interessados. Demonstram a mediocridade da burguesia venezuelana ao oferecerem setores estratégicos do país até mesmo para outras burguesias de países atrasados, como o Brasil ou nações vizinhas, não só imperialistas.
Fazem isso na busca de maior apoio e empenho dos governos capachos dos Estados Unidos em derrubar o presidente legítimo Nicolás Maduro. O que provam os golpistas da direita venezuelana é que não passam de verdadeiros entreguistas, estão vendendo o seu próprio país e para conseguir completar seu plano precisam derrubar o governo nacionalista apoiado nas massas que é o governo chavista.
Abaixo o golpe na Venezuela! Fora o imperialismo da América Latina!





