Tendo completado duas semanas de paralisação na última segunda (dia 2), os professores do Rio Grande do Sul mantém em todo o estado 1556 escolas na greve, das quais 788 estão totalmente paralisadas. A atualização foi feita pelos 42 núcleos do CPERS (Sindicato que representa os professores, funcionários de escola e especialistas da rede estadual de todo o Rio Grande do Sul) na última quarta (27).
A greve, que já é a maior registrada na história da categoria, é uma resposta ao ataque do governo bolsonarista do governador Eduardo Leite (PSDB), que procura impor aos servidores gaúchos o programa que a extrema direita vem implementando com Bolsonaro no governo federal: destruição total do funcionalismo, privatização da Escola Pública, roubo da previdência, etc.
Por isso toda a esquerda e a população devem apoiar de conjunto a greve dos professores e funcionários da Educação (e os demais setores do funcionalismo), como corretamente fizeram no estado estudantes e pais, contra os ataques dos governos golpistas, eleitos pela fraude eleitoral.
Assim como a greve no Rio Grande do Sul, em São Paulo e no Paraná, professores e servidores também estão em greve contra seus governos estaduais golpistas (Bolsodoria-PSDB e Ratinho Jr.-PSD) filiais do bolsonarismo, o que mostra a tendência crescente na mobilização e que o único caminho para a derrota dos golpistas e seu programa de terra arrasada é a mobilização popular nas ruas pelo fora Leite, Ratinho, BolsoDoria, Bolsonaro e todos os golpistas.
Prova disso é a crise do governo tucano gaúcho ao se chocar contra a mobilização. Na última quarta (27), a bancada do MDB, maios bancada governista, divulgou nota conjunta posicionando-se contra à proposta do governador de ataque aos servidores.
A Famurs, entidade que agrupa prefeitos e gestores de todos os 497 municípios gaúchos, também manifestou apoio aos educadores. Bem como nas Câmaras municipais, representantes de mais de 250 cidades já aprovaram moções semelhantes.
Além disso, a greve dos professores e funcionários recebe um amplo apoio da população, com apoio de comerciantes, que afixam cartazes de apoio junto às vitrines e a crescente dos atos de rua, que se espalham pelo estado.
Conforme denuncia nota do sindicato da categoria:
“…a crise não é nossa, é do projeto neoliberal…
Por trás deste projeto está a intenção de acabar com a escola pública e os sonhos de milhões de gaúchos. Querem privatizar o ensino e cobrar das famílias a conta do acesso à educação. Não vamos deixar que isso aconteça.
Não há saída possível fora da mobilização coletiva. É tempo de redobrar as forças e as esperanças.
‘Como programa’, escreveu Paulo Freire, ‘a desesperança nos imobiliza e nos faz sucumbir no fatalismo onde não é possível juntar as forças indispensáveis ao embate recriador do mundo’.”
É preciso ter clareza de que este movimento grevista (presente no RS, PR e SP) pode ser o gatilho para impulsionar as mobilizações no País, diante da ofensiva da direita contra os servidoires e o conjunto da população trabalhadora.