Dia 13 será um dia de protestos em todo o Brasil contra o governo. Pautas como a luta contra os cortes na Educação e contra a reforma da Previdência estão sendo levantadas, mas é hora de as lideranças da esquerda se unificarem em torno da reivindicação de “Fora Bolsonaro”.
Essa palavra-de-ordem já é a mais popular nos protestos, entre as massas quando as ruas são tomadas da forma que aconteceu em maio e durante a greve geral de junho. É hora de levantar a exigência de que o atual governo acabe de forma central.
Há muitos motivos para levantar essa palavra-de-ordem. Um deles é o perigo que esse governo representa na medida em que fica mais evidente o quanto é impopular. Como seu programa entra em choque com as massas, a única forma de um governo assim continuar seguindo adiante será por meio de uma intensa repressão. Mas há outro motivo fundamental: se esse governo continuar a economia brasileira será destruída.
Em 2014 a operação Lava Jato entrou em cena destruindo setores inteiros da economia, derrubando o PIB de forma brusca, acumulando então mais de 7% de retração. Seria natural que houvesse algum crescimento a partir de um patamar tão rebaixado, depois dos estragos causados pela campanha golpista. No entanto, durante o governo golpista de Michel Temer, a recuperação foi mínima. Bolsonaro é uma continuação do governo Temer, e o programa neoliberal, embora deixe os especuladores contentes, tem um potencial destrutivo comparável ao de uma guerra.
Os efeitos dessa política continuam a ser sentidos e estão ficando mais intensos. Em junho, a produção industrial teve queda de 0,6% em relação a maio. Na comparação com junho do ano passado, a queda foi de 5,6%. A balança comercial brasileira teve uma queda de 40,8% em julho na comparação com julho do ano passado, com um superávit de US$ 2,293 bilhões. Mesmo os dados que a imprensa burguesa alardeia como se fossem positivos, como a evolução do desemprego, escondem a realidade. Embora tenha havido uma minúscula queda no desemprego, houve um grande crescimento na chamada “subocupação”.
Finalmente, o próprio PIB está com uma previsão de crescimento cada vez menor. No começo do ano, a previsão dos capitalistas e do governo passava os 2,5%. Agora já está na casa do 0,8%. Para um país atrasado, em circunstâncias normais um crescimento de 2,5% já seria muito baixo. No caso do Brasil, depois de anos de queda e de baixo crescimento, isso reflete a continuação do desmantelamento da economia nacional, depois de décadas de desindustrialização (processo que não foi revertido durante os governos petistas).
Diante da destruição econômica anterior, esses resultados significam que o país está sendo arrasado pela direita golpista, de uma forma que será difícil de recuperar depois. Além do desempenho pífio e da desindustrialização, os golpistas estão vendendo a preço de banana o patrimônio público, para completar o vandalismo contra o Brasil. De modo que, caso Bolsonaro continue governando, as consequências econômicas serão muito negativas.
Esse é mais um motivo para o movimento não se limitar a pautas parciais. É preciso lutar pelo fim desse governo antes que ele destrua o país. Por isso, também, é hora de levantar a palavra-de-ordem de “Fora Bolsonaro”!





