Desta vez foi o frigorífico Agrodanieli, localizado na cidade de Tapejara, município do estado do Rio Grande do Sul.
Conforme o Ministério Público do Trabalho (MPT) dos 16 setores fiscalizados, nove setores e atividades foram interditados conforme o laudo, a fiscalização constatou como de grave e iminente risco à saúde e à integridade física dos seus 1.350 funcionários. O grau é de risco três, numa escala até quatro, o que paralisou a fábrica, no entanto foi autorizada a prosseguir com as atividades na sexta-feira, para viabilizar o abate dos animais que estavam no pátio e em transporte.
Os patrões, para esconder o tamanho das atrocidades dentro do frigorifico não existe a palavra Comunicado de Acidentes do Trabalho (CAT), ou seja, dos 1350 operários foram identificados 389 acidentes, nenhum foi emitido esse documento.
Mais ainda, segundo a procuradora do MPT em Passo Fundo Priscila Dibi Schvarcz foi verificado, apenas no 1º semestre deste ano, alta emissão de atestados médicos na fábrica, em alguns casos chegando a quase metade do pessoal de determinados setores, como sala de cortes e recepção de frangos, e explica que é urgente a adoção de providências relacionadas a Ergonomia.
Foram interditadas os seguintes setores e atividades: plataforma (pendura), chiller (rependura), evisceração (separação e pendura de miúdos), miúdos e chiller (movimentação manual de caixas contendo gelo), embalagem secundária, paletização (remoção da tampa da caixa na operação da seladora) e cortes (embalar coxa inteira no copo da embaladora, inserir peito de frango na máquina filetadora e afiação de faca por trabalhador volante).
Foi proposto aos meliantes do Agrodanieli de acatarem o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) questão que, em geral os frigoríficos, na sua quase totalidade acatam. Porem nunca cumprem, a exemplo do grupo JBS/Friboi, onde foi condenado a pagar uma indenização de R$ 24.700.000,00 por aquisição de gado em áreas embargadas porem, conforme a Organização Não Governamental Repórter Brasil, as multas ambientais costumam não ser pagas. (Repórter Brasil – 02/07/2019)





