Com dois gols nos minutos finais da partida, o Flamengo consolida sua superioridade técnica ante o River Plate e conquista o título da Libertadores. O triunfo do time brasileiro não pararia por aí; após a o resultado do jogo entre Palmeiras e Grêmio, o clube carioca levaria, também, o título do Campeonato Brasileiro, realizando a façanha de conquistar esses dois títulos em um mesmo final de semana – algo que não acontecia desde 1963.
Embora em 1963 não existisse o Campeonato Brasileiro, propriamente dito, a dobradinha – dando margem para muito debate – demonstrou o bom futebol flamenguista colocado em prática durante os dois campeonatos. A comemoração de domingo, portanto, se estendeu do título da Libertadores para a conquista do Campeonato Brasileiro. A festa de caráter popular, no entanto, teve o infortúnio de encontrar pela frente o braço armado da burguesia, ou seja, a Polícia Militar.
O confronto, iniciado pelas granadas e tiros de bala de borracha da polícia, deu mostras do caráter repressivo da extrema-direita com as manifestações populares. A demagogia feita pelas figuras mais ignóbeis da extrema-direita, como Witzel (PSC) e Bolsonaro, tenta disfarçar a ojeriza que esses epígonos de Mussolini e Hitler têm do povo e suas manifestações. Para os fascistas de plantão, a população sequer pode se manifestar após a vitória de seu time; isso no país do futebol.
Ao colocar seus cães de guarda contra a população, Witzel escancara sua aversão ao futebol e à qualquer manifestação popular. É preciso esclarecer que a extrema-direita não gosta de futebol e, muito menos, do povo. Não adianta fazer demagogia posando para fotos com a camisa do Flamengo, fingindo ser um brasileiro com raízes populares. Essa extrema-direita só tem uma paixão: a repressão do povo e o seu encarceramento.





