Nas últimas semanas, o imperialismo norte-americano aumentou a intensidade dos ataques criminosos contra Cuba, a partir especialmente da implementação da seção 3 da Lei Helms-Burton (1996), aprovada no período mais difícil da ilha desde a Revolução de 1959. Nos anos 90, com a queda da União Soviética, Cuba se viu isolada economicamente, o que levou a uma forte crise e o imperialismo aproveitou para asfixiar totalmente o país, a fim de derrubar o regime do Estado Operário.
Assim, a Lei Helms-Burton, uma lei dos EUA, permite que esse país imponha sanções e ações judiciais contra qualquer companhia que faça negócios com empresas que tenham sido nacionalizadas no processo revolucionário. Mas, junto com esse mecanismo, vieram outros ataques nas últimas semanas.
“Trata-se de uma nova escalada que reforça ainda mais as duras restrições para que os cidadãos norte-americanos viagem a Cuba. Acrescenta proibições para embarcações de todos os tipos dos EUA atracarem na ilha e proíbe imediatamente que navios de cruzeiro visitem o país”, diz ao Diário Causa Operária o Primeiro Secretário da Embaixada de Cuba no Brasil, Juan Pozo Alvarez. “São pressões de todo o tipo. Eles tentam obter concessões políticas da nação cubana através da asfixia da economia e de prejuízos à população.”
Além disso, Cuba foi escolhida pelo governo de Donald Trump para ser uma das primeiras vítimas de golpes imperialistas após os ataques à Venezuela, junto com a Nicarágua. O conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, anunciou que, após Caracas, os próximos alvos serão os governos de Havana e Manágua.
Com a fracassada invasão “humanitária” à Venezuela, o imperialismo acusou cinicamente o governo cubano de ter soldados no país sul-americano dispostos a lutar ao lado de Nicolás Maduro contra tropas estrangeiras. Como se a Venezuela não fosse um país soberano que não pudesse ter acordos de cooperação militar com outros países, ao mesmo tempo que quem sempre tentou infiltrar (e mesmo invadir) militarmente a Venezuela, de maneira ilegal, são os Estados Unidos.
“Um dos pretextos dos recentes ataques tem a ver com a acusação caluniosa de que Cuba intervém militarmente na Venezuela. Só lembrar que a solidariedade de Cuba com o presidente constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, a revolução bolivariana e a união cívico-militar do seu povo é inegociável. Nossos colaboradores cubanos que voluntariamente prestam serviços sociais na Venezuela, a maioria deles no setor da saúde, permanecerão lá enquanto o povo venezuelano os receber, cooperando com essa nação irmã”, afirma o diplomata.
No entanto, Cuba está acostumada com esse tipo de ameaças e pressões econômicas. Conta atualmente com parcerias com Rússia e China, por exemplo, que, de alguma maneira, impedem que haja uma asfixia tão grande. E os cubanos, pelo planejamento estatal e a participação da população, conseguem driblar certos desafios.
“Nós não somos ingênuos. Já são 150 anos de uma intensa luta pela nossa independência, tendo que enfrentar as ambições hegemônicas do imperialismo norte-americano. De jeito nenhum Cuba vai se deixar intimidar. Vamos continuar trabalhando em nossas tarefas essenciais para garantir o desenvolvimento da economia e da construção do socialismo. Estamos fortemente unidos, hoje mais do que nunca. E temos a capacidade de enfrentar as adversidades mais desafiadoras com o conceito de resistir, resistir e resistir e lutar até a vitória sempre.”
Abaixo a Lei Helms-Burton!
Pelo fim do bloqueio econômico a Cuba!
Fora o imperialismo da América Latina!