Perdendo somente para São Paulo, maior Estado do país em termos econômicos, bem como em setores industriais, Santa Catarina está em segundo lugar em acidentes e doenças do trabalho. Os frigoríficos, um setor com representação enorme dentro dos municípios desse estado, são os principais responsáveis por tamanha tragédia contra os trabalhadores.
Nesse estado, há uma concentração dos maiores grupos do ramo frigorifico, como, JBS/Friboi, Marfrig, Minerva e, BRF – Brasil Foods, grupo que engloba a Sadia e Perdigão.
Conforme Sandro Eduardo Sardá, em entrevista à CBN, do dia 2 de agosto, ocorre um acidente de trabalho a cada 0,49 segundos no Brasil e uma morte a cada 3h45min. Esses números devem piorar com as mudanças em normas de segurança e saúde no trabalho para reduzir exigências impostas aos empregadores, anunciadas na última terça-feira (30) pelo governo federal.
Ressalta ele que, Santa Catarina é o segundo estado no país, atrás de São Paulo, em números de acidentes e doenças. Os setores com maior incidência são frigoríficos, indústrias metal-mecânicas, hospitais e supermercados.
Uma das maiores no ramo frigorífico no estado, a antiga Perdigão, hoje, BRF – Brasil Foods, na cidade de Capinzal, por exemplo, foi inúmeras vezes condenada ao pagamento de indenizações em processos milionários, sendo um deles um de 20 milhões de reais, por irregularidades diversas, desde o excesso de horas extras, falta de descanso semanal, sobrecarga de trabalho, falta de pausas térmicas, falta de equipamentos de Proteção Individual (EPIs), falta de manutenção em maquinários, vazamento de amônia, proteção de máquinas e equipamentos, desconsideração de pedidos de Comunicados de Acidentes do Trabalho (CAT), ou seja, um total abandono dos seus funcionários às piores condições possíveis e imagináveis, tendo como único objetivo o aumento de suas contas bancárias e lucro elevado.
Para aprofundar ainda mais tamanha destruição dos trabalhadores, o fascista Jair Bolsonaro, presidente ilegítimo do país, aos poucos está impondo a retirada das Normas Regulamentadoras (NRs) e a ministra da agricultura Tereza Cristina, beneficiada pela JBS/Friboi, outro grupo de exploradores das condições de vida e saúde de seus funcionários, em divida de processo pago por um compincha, latifundiário, com a liberação de fiscalização nos frigoríficos e fazendas de criação de animais, aviários, entre outros, está extinguindo a fiscalização neste setor.
O reconhecimento do Ministério Púbico do trabalho (MPT) de que o setor frigorífico seja o de maior incidência de acidentes e doenças e o governo do fascista Jair Bolsonaro, com sua também golpista e latifundiária ministra da agricultura Tereza Cristina é o prenuncio de retorno ao período da escravidão, aos moldes do Brasil Colonial.
Portanto, é necessária a organização da classe operária e o conjunto da população explorada em comitês de luta contra o golpe por todos os cantos do país.





