Dia 13, os trabalhadores realizarão uma greve nacional contra o governo do golpista Jair Bolsonaro. A convocação da greve foi decidida na 9ª Conferência Nacional da Educação da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), realizada no começo de julho. Além da greve contra o governo e o programa destrutivo da direita golpista para a educação, o dia será marcado por protestos no país inteiro, com adesão de outras entidades nacionais, como CUT e UNE.
A pauta central dos atos seria, a princípio, a luta contra os cortes na educação. Além disso, outra pauta dos protestos é a rejeição à reforma da Previdência. Reivindicações fundamentais, porém deve-se levantar uma palavra de ordem que unifique as lutas contra o governo ilegítimo imposto pela direita por meio da fraude eleitoral do ano passado. Essa palavra de ordem é clara agora mais do que antes: fora Bolsonaro! Representa a exigência do fim desse governo e serve para guiar o movimento em direção a um objetivo definido.
Uma palavra de ordem geral que apresente uma perspectiva à esquerda de saída para a crise política é fundamental nesta etapa da luta contra a direita e os golpistas, para impedir a dispersão dessa luta e a dispersão dos atos contra Bolsonaro. Trata-se de uma reivindicação que unifica e concentra em uma única exigência toda a luta contra o governo. De modo que o movimento possa impor uma derrota abrangente à direita, capaz de obrigá-la a recuar e de impor uma reversão dos ataques desferidos contra a classe trabalhadora nos últimos anos.
Essa palavra de ordem já é popular nas ruas, e agora é reforçada por uma série de elementos da situação política que começam a se acumular. Os sinais de impopularidade do governo já não podem ser ocultados, em todo lugar que se reúna uma multidão, seja em partidas de futebol ou shows de música, gritos contra o governo têm se tornado cada vez mais frequentes. Nas redes sociais, o impeachment de Bolsonaro tornou-se um assunto muito popular. E o mais importante, a tendência à mobilização é muito forte, dando continuidade à luta contra o golpe que vem desde antes de 2016.
Essa situação deve, portanto, ser aproveitada. É preciso ir além das pautas parciais e dos protestos a conta gotas. A mobilização deve tornar-se mais frequente, para que possa precipitar a queda de um governo que está balançando. E deve ser organizada em torno de uma palavra de ordem capaz de concentrar em si a oposição a todo os ataques do governo contra o povo. Essa palavra de ordem deve ser a principal palavra de ordem das mobilizações no dia 13: Fora Bolsonaro!