Da redação – Grupos de caminhoneiros autônomos de diversas regiões do País divulgaram nas últimas semanas pelas redes sociais – principalmente pelo Whatsapp – uma paralisação nacional a partir das 6h do próximo dia 16 de dezembro, anunciando que a mesma pode atingir cerca de 70% da categoria.
Nas mensagens os caminhoneiros mostram-se revoltados com o governo Bolsonaro diante do aumento dos preços dos combustíveis e da não resolução de nenhum dos problemas levantados pela categoria durante a greve do ano passado.
Nas mensagens destacam-se, entre outros, Marconi França, um dos muitos líderes dos caminhoneiros autônomos que divulgou que cerca de 3 milhões de profissionais autônomos e celetistas vão parar em todo o País por conta de que Bolsonaro não cumpriu o que prometeu aos trabalhadores.
Evidentemente que as organizações mais reacionárias dos caminhoneiros, como confederações e sindicatos, sem maior representatividade entre os trabalhadores e sem consultá-los, estão em franca campanha para negar a possibilidade da greve.
É público e notório que a categoria é bastante dispersa e não está centralizada por um conjunto pequeno de entidades, em sua maioria burocráticas que dizem falar em nome da categoria, como se viu na greve passada, quando os líderes faziam seguidos acordos com o governo Temer, sem que conseguissem fazer com que os trabalhadores acatassem a determinação de voltar ao trabalho.
Independentemente da efetivação ou não greve, a situação está evidenciando a tendência de luta que se desenvolve neste setor – assim como entre muitas parcelas dos explorados – diante do agravamento da crise e da total impotência do governo diante do avanço da crise. Pelo contrário, a permanência do governo ilegítimo é um fator de destruição da economia nacional e de agravamento da crise.
A unidade das organizações operárias e populares em torno da possível greve dos caminhoneiros deve ser ampliada, para o que é preciso reforçar a pauta comum do setor com a imensa maioria, em torno da questão dos combustíveis e da luta pelo “fora Bolsonaro” e todos os golpistas.
Pela redução geral do preço dos combustíveis, com a nacionalização do petróleo e reestatização da Petrobrás (100% estatal) sob o controle dos trabalhadores.