Da redação – Em documento interno, os capitalistas da Vale previram, em outubro de 2018, o colapso da barragem de Brumadinho, além de calcularem o número de possíveis mortes e os custos para a empresa. A barragem se rompeu três meses depois.
De acordo com reportagem do jornal golpista Folha de S. Paulo, o documento estimava em mais de cem mortes caso a barragem fosse destruída por falhas na infraestrutura. Uma previsão muito precisa: até agora, foram 165 mortes com a tragédia em Brumadinho. E o cenário do rompimento foi muito semelhante ao projetado pela companhia.
Além disso, a Vale calculou em R$ 5,6 bilhões atuais os custos de um possível rompimento na barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão. As causas que provocariam o rompimento também foram consideradas, dentre elas erosão interna ou liquefação.
Isso demonstra a “preocupação” dos capitalistas com a vida dos seus trabalhadores e da população. Os capitalistas têm plena noção do que fazem e dos riscos que seus funcionários e a comunidade em volta de suas companhias correm. Mas o que importa para eles é o lucro, muito acima de qualquer direito ou mesmo da vida.
Para impedir que novos desastres como esse aconteçam é preciso expropriar a Vale e colocá-la sob o controle de seus trabalhadores. A empresa foi privatizada por Fernando Henrique Cardoso a preço de banana para entregá-la aos monopólios imperialistas lucrarem com as atividades criminosas, que geram reflexos como os rompimentos em Mariana e agora em Brumadinho.