"Modernização do futebol"

Ditadura nas arquibancadas: PM censura bandeiras em jogo do Botafogo

De modo arbitrário, PM restringe a entrada de instrumentos e bandeiras de torcidas organizadas do Botafogo.

O BEPE, Batalhão Especializado em Policiamento de Eventos, órgão da PMERJ, na noite de 11 de novembro, segunda-feira, de acordo com relatos observados em redes sociais, cometeu mais um ato de censura às arquibancadas. Dessa vez, proibindo a entrada de bandeiras e instrumentos de percussão da torcida do Botafogo, em partida contra o Avaí. A justificativa para tal censura seria punir uma briga entre torcedores alvinegros contra torcedores do Flamengo, na rodada anterior.

Alguns pontos devem ser destacados desse episódio. O primeiro e mais importante seria que, nem mesmo o STJD, entidade responsável pela punição a acontecimentos dessa natureza, ainda não julgou a pena cabível ao clube. Ou seja, um mero arbítrio da PMERJ é suficiente para restringir a entrada de artefatos tão perigosos como tambores e bandeiras. Em segundo lugar nem se sabe ao certo se houve envolvimento de organizadas no acontecimento e quais especificamente estariam envolvidas. Estamos diante da boa e velha “presunção de culpa” que a PMERJ está acostumada a praticar.

O terceiro ponto é justamente o que já fora apontado acima, ou seja, desde quando o uso de bandeiras e surdos é um fator de risco para a ocorrência de brigas? Uma explicação sem pé nem cabeça onde evidentemente o verdadeiro punido é o futebol.

Em quarto lugar, essa punição arbitrária se dá justamente no momento em que o clube busca, em razão do risco de rebaixamento, alcançar melhores resultados através de seu maior bem, a torcida. Ou seja, trata-se de tentativa de frear uma tentativa do Botafogo de se aproximar dos seus torcedores, isto é, do povo.

É importante termos em mente que este acontecimento não se dá por mero acaso, segue a esteira do projeto de elitização do futebol, onde as torcidas devem se portar como se estivessem num cinema. A PM, como boa guardiã dos capitalistas segue o protocolo para manter o futebol em direção à sua “modernização”, evidentemente com um verniz de “combate à violência” (logo a PMERJ!). Diante disso, o Partido da Causa Operária defende a defesa do futebol como bem popular e o fim da demagogia de “combate à violência nos estádios” feita pela violentíssima PM e a completa liberdade de organização dos torcedores em torcidas organizadas.

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