Entidades estudantis, como a UNE (União Nacional dos Estudantes) e a UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), junto com organizações sindicais, como a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e seus sindicatos que representam mais de 2 milhões de trabalhadores do ensino básico e a ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes Universiátiros) e a FASUBRA (dos funcionários das Universidades), estão convocando para os próximos dias 2 e 3 de outubro, dois dias de paralisações e atos em todo o País, contra os duros ataques que o governo Bolsonaro, e seus aliados golpistas nos Estados e Municípios, vem realizando contra a Educação.
Para o primeiro d.a da jornada, estão sendo programadas atividades nas Universidades e Escolas, para debater o caos na Educação e a necessária mobilização dos trabalhadores, estudantes e toda a comunidade escolar e universitária contra a ofensiva do governo. Neste dia, também ocorreram passeatas e atos locais em várias cidades. E ainda na tarde, do dia, a CNTE e o Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE), realizam, na Câmara dos Deputados, no auditório Nereu Ramos, de 16h30 às 20h, o Ato em Defesa da Educação Pública e da Soberania Nacional.
No dia 3, será o momento dos atos centrais nas capitais de todo o País, com mobilizações organizadas por organizações dos docentes e estudantes de todas as regiões que visam repetir as mobilizações realizadas nos dias 15 e 30 de Maio deste ano, em torno das quais também se unificaram trabalhadores de todas as categorias, organizações populares, partidos de esquerda etc. em grandes atos contra o governo Bolsonaro.
Os protestos ocorrerão em um momento de enorme agravamento da crise do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro e de todas as instituições golpistas. Acontecem também depois da derrota da política de “lutas setoriais” na questão da famigerada reforma da Previdência, dentre outras, quando a maioria da esquerda apontou que seria possível derrotar os ataques da direita por meio da “pressão” sobre o Congresso Nacional golpista.
Nas mobilizações do primeiro semestre ficou evidente que enquanto a maioria dos trabalhadores e estudantes buscavam dirigir o protesto em torno de duas questões centrais, capazes de impor uma derrota profunda ao governo, a luta pela liberdade de Lula (“Lula Livre”) e pelo “Fora Bolsonaro”, as direções buscaram – sem êxito, mas com apoio da imprensa golpista – limitar as manifestações às reivindicações em torno da “defesa da Educação”. Essa politica assumiu, até mesmo, a forma reacionária de defender a inútil substituição do ministro da Educação, sem defender a queda do presidente golpista. Um “remédio” já usado sem qualquer resultado, uma vez que a queda do primeiro escolhido por Bolsonaro, o reacionário Velez Rodriguesz, deu lugar à posse de outro ministro ainda mais reacionário, Abraham Weintraub, que impôs pesados cortes no Orçamento do setor, lanço o “Future-se”e outros planos de ataque contra o ensino público.
É preciso superar essa política. Tomar as ruas com uma política de enfrentamento com o governo, a favor de sua derrubada, único caminho para barrar a ofensiva destrutiva contra a Educação e contra tudo o que diga respeito aos interesses nacionais, dos trabalhadores e da juventude.
Parar escolas e universidades, tomar as ruas e realizar uma grande mobilização pela liberdade de Lula, pela anulação da criminosa operação lava jato, pelo fora Bolsonaro e todos os golpistas, com novas eleições gerais, com Lula candidato.