Terminou nessa quinta, dia 10, o 13༠ Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CONCUT) – denominado “Congresso Lula Livre”, realizado em Praia Grande, e iniciado no último dia 7. O Encontro contou com a participação de cerca de 1700 delegados e observadores de todos os Estados do País. (veja a lista oficial ao lado).
O último dia do Encontro foi dedicado ao debate sobre propostas de pequenas mudanças estatutárias, ao Plano de Lutas e a eleição da nova Executiva Nacional da CUT.
Fora Bolsonaro e Liberdade de Lula
Realizado em meio ao avanço da crise do governo Bolsonaro e do conjunto do regime golpista no País, o CONCUT expressou a tendência crescente a uma radicalização politica no País e do deslocamento à esquerda das organizações dos trabalhadores, sob a pressão da revolta crescente dos explorados contra os ataques dos golpistas às suas condições de vida, ainda que com limitações pela sua estrutura com importantes limitações burocráticas, como o reduzido numero de delegados em relação ao tamanho da Central, com mais de 4 mil sindicatos filiados, e o inexpressivo número de trabalhadores de base, em um congresso formado majoritariamente por dirigentes sindicais com vários anos de mandatos em diretorias sindicais.
Expressando estas tendências a maior organização sindical do País e da América Latina – e uma das maiores do mundo – aprovou Eixos como a Luta por “derrotar a coalizão de forças golpistas” no qual propõe “a luta pelo fim do governo Bolsonaro, que significa a queda do bloco político que o sustenta, e não só o presidente. E a luta pela consequente restituição da soberania popular com novas eleições livres e plenamente democráticas, que só podem acontecer com Lula livre e participando ativamente do processo político””.
A resolução do Congresso desataca ainda a “luta pela libertação de Lula e anulação de sua pena” como sendo de “importância estratégica para a CUT.
Plano de Lutas e nova Executiva
No debate sobre o Plano de Lutas o Congresso adotou um conjunto de resoluções sobre os temas centrais para a luta dos trabalhadores, inclusive incorporando- com pequenas aterações – as propostas de emendas apresentadas pela Corrente Sindical Nacional Causa Operária sobre a luta contra o desemprego e contra as privatizacões, que receberam mais de 500 assinaturas de apoio de delegados do Congresso.
A presidência da Central Única dos Trabalhadores passa a ser ocupada pelo dirigente sindical dos metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre (foto). O vice-presidente será o bancário Vagner Freitas (do Sindicato dos Bancários de São Paulo) , que exerceu a presidência da CUT dois mandatos consecutivos, nos últimos sete anos. Na Secretaria-Geral, estará a representante dos trabalhadores rurais, Carmen Foro (do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Igarapé-Mirim/PA) e a Secretária de Finanças, será comandada pelo professor estadual Ariovaldo de Camargo (da APEOESP).
A Executiva passou a ser formada por 50 sindicalistas e a direção da Central, será completada com as indicações dos Ramos de Atividades em que a Central tem organização nacional e pelos Congresso Estaduais da entidade que acontecem a partir da segunda quinzena de outubro até a primeira quinzena de dezembro.