Ocorreu no último final de semana na cidade do Crato (CE) mais um ataque da extrema direita contra a população. Desta vez o alvo foi um painel feito pelos estudantes de uma escola no bairro Pimenta, que teve um dos rostos expostos, o da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, assassinada em Março do ano passado, arrancado da pintura.
O painel, feito numa parede, localizado na praça que fica em frente à escola, fazia parte de um projeto para intervenção em áreas públicas e particulares e concorre a um concurso da UNESCO, e orientado pelo artista plástico Paulo Bento, tem o objetivo de homenagear personalidades da sociedade brasileira. O painel que havia sido elaborado entre os dias 17 e 20 pelos alunos e pelo artista, na segunda pela manhã (21/10) já estava danificado.
O painel exibe ainda as imagens de outras personagens brasileiras como Chico Mendes, Paulo Freire, Luiza Gonzaga, Irmã Dulce e o cacique Raoni Metuktire.
Esse tipo ação bárbara é típica da extrema direita, que ataca qualquer expressão popular das comunidades, mesmo sendo uma ação puramente cultural, que buscava levar uma experiência artística prática aos alunos. Estes indivíduos de extrema direita são inimigos da cultura nacional, do povo, das artes e consequentemente sua expressão. São figuras que representam um pensamento extremamente reacionário e expressam suas posições sempre com violência contra tudo que representa progresso e desenvolvimento intelectual.
Assim, é preciso dar um basta nos ataques da extrema direita, pois caso contrário episódios como esse tendem a se repetir com mais frequência e até maior contundência. É preciso reagir à altura e botar os fascistas literalmente pra correr. Estas figuras não serão convencidas pelo diálogo ou por ações paliativas, como colocar obstáculos à vândalos etc., eles só entendem a linguagem da violência e é neste campo que devem ser confrontados. A extrema direita impõe suas posições pela força e somente recuará desta forma, por outra força maior que ela.
A solução para os estudantes e trabalhadores é formar comitês de autodefesa, nas escolas, nos locais de trabalho, para enfrentar os fascistas.





