Um total de 104 pessoas foram presas desde a semana passada na Catalunha, incluindo nessa conta 28 presos provisórios e 76 pessoas em liberdade com medidas cautelares. Os dados foram informados pelo Tribunal Supremo de Justiça da província espanhola.
As acusações são, em sua maioria, de alteração da ordem pública e atentado, danos e lesões contra autoridades, durante os grandes protestos de massa que têm sido realizados pela independência da região, desde a última semana.
Além dos presos, pelo menos 124 cidadãos catalães foram feridos pela repressão brutal protagonizada pelos Mossos D’Esquadra, a polícia que está subordinada ao governo da Catalunha (que é favorável à independência, mas, quando se trata de repressão, percebe-se que a polícia continua sendo um agente fascista a serviço do imperialismo).
Segundo o Departamento de Saúde da Catalunha, nessa contabilidade há seis pessoas que estão sendo atendidas no Hospital Sant Pau – uma com grande gravidade, três com lesões oculares graves, uma em menor gravidade e outra com uma evolução favorável. Além disso, uma pessoa ferida foi enviada para a Fundação Puigvert, dois estão reclusos no centro assistencial Vall d’Hebron em condição grave e outro estável.
Os protestos foram gerados devido ao anúncio da sentença contra nove líderes independentistas catalães na segunda-feira da semana passada (14): 13 anos para Oriol Junqueras (ex-vice-presidente do governo catalão); 12 anos para Raül Romeva, Jordi Turull e Dolors Bassa; 11 anos e seis meses para Carme Forcadell (ex-presidenta do parlamento catalão); 10 anos e seis meses para Josep Rull e Joaquim Forn; nove anos para Jordi Sànchez (líder da ANC) e Jordi Cuixart (líder da Òmnium Cultural).
O ex-presidente catalão, Carles Puigdemont, recebeu uma nova ordem de prisão internacional. Ele está exilado na Bélgica desde que o governo espanhol iniciou a caçada contra os líderes do referendo de 2017, que deu vitória à vontade independentista e que foi sufocado a ferro e fogo pela ditadura espanhola, inclusive com graves ameaças de intervenção militar das tropas de Madri.
Como um partido revolucionário e internacionalista, o PCO defende a liberdade dos presos políticos catalães e apoia incondicionalmente a luta do povo catalão por sua independência política – tal como foi destacado na nota oficial do partido.



