A privatização é um desastre para os trabalhadores e para a população. Um dos efeitos dessa política neoliberal nefasta será sentida diretamente pela grande maioria da população em um aspecto crucial de sua rotina: o preço do gás de cozinha. A Petrobrás vendeu sua distribuidora de gás, a Liquigás. Com a mudança da política de preços da Petrobrás sob o governo da direita golpista, ainda durante o mandato de Michel Temer, as famílias brasileiras já vinham tendo que pagar muito mais caro pelo gás. O preço varia muito de acordo com a região, mas em uma capital como Belo Horizonte, por exemplo, o gás já atingiu o preço de R$100.
Venda da Liquigás
A Liquigás foi vendida por R$3,7 bilhões para um consórcio formado por Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás Butano. Ou seja, a distribuição do gás passará ao controle dessas empresas, incluindo aí a participação do banco Itaú entre elas. Mais um aspecto da vida dos brasileiros que será controlado diretamente por banqueiros. A compra da Liquigás ainda precisa ser aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que deveria evitar a constituição de monopólios.
Terceira venda do ano
A Liquigás é a terceira subsidiária que a Petrobrás entrega aos capitalistas esse ano, devido ao controle da direita golpista sobre a empresa. Antes foi vendida a rede de postas de gasolina BR Distribuidora, por R$9 bilhões, e a TAG, de gasodutos, vendida por R$33,5 bilhões. Uma verdadeira destruição do patrimônio público, apresentada pela imprensa burguesa sob o rótulo eufemístico de “desinvestimento”. De modo que ao final sobrará nada de estatal na empresa, e diversos setores estratégicos da economia ficarão sob o controle de capitalistas estrangeiros.
Fora Bolsonaro!
Antes que o gás fique custando R$200 para agradar capitalistas estrangeiros e banqueiros, em detrimento dos interesses dos trabalhadores, é preciso parar, impedir e reverter o processo de privatizações. E para isso e precisar derrotar a direita golpista. Por isso é hora de levantar a palavra de ordem que concentra a oposição às políticas de Jair Bolsonaro como um todo, de forma abrangente: fora Bolsonaro! O fim do governo golpista está se colocando como um problema urgente para os trabalhadores, por uma questão de sobrevivência. É preciso aproveitar a impopularidade do governo e a tendência à mobilização enquanto é tempo, para derrotar a direita nas ruas.