Na mesma quadra que há várias semanas militantes do PCO e de vários Comitês de Luta Contra o Golpe de São Paulo realizam o mutirão de coleta de assinaturas pela liberdade de Lula, junto ao MASP, na Avenida Paulista, a Prefeitura de São Paulo, comandada pelo PSDB, montou um forte aparato repressivo, a pretexto de reprimir o trabalho de desempregados, vítimas da política da direita, que atuam como camelos na região.
Para o local foram destinados mais de 10 veículos, entre viaturas da GCM (Guarda Civil Metropolitana), Vans com dezenas de “rapas” e até caminhões para recolher material dos ambulantes, além das viaturas da Polícia Militar nas imediações.
A ação covarde contra um vendedor de pipocas, revoltou pessoas que passavam pelo local, que protestaram. Nova provocação, no mesmo local: um caminhão da Prefeitura circulando na Avenida fechada por Decreto municipal, de 2016, para a circulação de pedestres, esbarrou em um estudante, que integrava uma bateria de jovens USP; a vítima foi tratada como agressor, intimidado por guardas que chegaram ameaçar de levá-lo por “atentado contra patrimônio público” e pessoas que filmavam ameaçadas com identificação por serem “testemunhas” da ação policial.
Assim por várias horas o local tradicional de localização da barraca do PCO e do mutirão foi tomado pelo comboio repressivo.
Feito o protesto e garantida a manifestação cultural da bateria dos estudantes em frente ao MASP, o mutirão foi organizado em local próximo, bem em frente ao prédio de uma das principais organizações golpistas do País, a FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Lá, como em todas as semanas, centenas de pessoas se aglomeraram em torno da
barraca vermelha para assinar pela liberdade de Lula, retirar adesivos “Fora Bolsonaro” e “liberdade para Lula”, adquirir jornais e outros materiais do PCO e dos Comitês, além de se inscreverem para a caravana que sai de São Paulo, no final do 13, com destino Curitiba, onde no 14 de setembro, acontece o primeiro grande Ato Nacional pela anulação da criminosa operação lava jato e pela liberdade de Lula e de todos os presos políticos do regime golpista.
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Pelo Estado de São Paulo, os mutirões se reproduziram também em várias outras localidades, como em Campinas, Jundiaí, Assis, Araraquara, Bauru, Marilia, Embú. O domingo de sol foi aproveitado pelo ativismo para impulsionar a campanha, desta feita já com a data do Ato Nacional definida pela coordenação nacional do movimento e com a mobilização tendo ganho, na última sexta, o apoio do maior sindicato do País, a APEOESP (dos professores estaduais paulistas.
No próximo fim de semana, que contará também com o chamado do Comitê Nacional Lula Livre, os mutirões vão ganhar novamente as ruas. Nessa campanha fundamental de mobilizar um número cada vez maior de pessoas em torno da liberdade da maior liderança popular do País, preso político do regime golpista e cuja libertação é parte fundamental da luta contra o golpe e, por isso mesmo, só pode conquistada por meio de uma ampla mobilização nas ruas de todo o País.