Os tribunais eleitorais brasileiros tendo à frente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são verdadeiras sucursais dos interesses dos partidos burgueses no País.
Em sua última cartada, o TSE agiu rápido, pois tratava-se de beneficiar o partido que o presidente da República quer criar. Em curtíssimo período de tempo, os ministros se entenderam e conformaram uma maioria para aprovar que a coleta de assinaturas de apoio ao partido pode ser feita por meio de assinaturas digitais.
A fim de dar uma disfarçada, os ministros condicionaram o início do processo apenas após regulamentação pela justiça eleitoral. Em declaração ao sítio Uol, o “cioso” ministro Luís Roberto Barroso – aquele mesmo que também é ministro do STF e um dos principais patrocinadores de toda a bandalheira montada contra o ex-presidente Lula – afirmou que “É possível o uso de assinatura eletrônica (…) para apoiamento à criação de partido político, desde que haja prévia regulamentação pelo TSE e desenvolvimento de ferramenta tecnológica para aferir a autenticidade das assinaturas”.
Esse não parece ser o pior dos mundos para o fascista Bolsonaro. Ao contrário da dificuldade que o TSE impõe à criação de novos partidos por diversos setores da população, valendo-se da campanha da imprensa golpista sobre a quantidade de partidos existentes, os custos para o erário, sobre a falta de representatividade, etc., etc., quando se trata de um partido da direita golpista, o TSE corre para facilitar os trâmites.
O mesmo não se pode dizer dos partidos de esquerda. Ou melhor pode dizer sim, quando é para penalizar. O PCO, por exemplo, foi vítima de uma verdadeira cassação por parte dos tribunais de justiça nas eleições de 2018, sob o argumento de erro nas prestações de conta. O TSE chegou ao cúmulo de condenar o Partido por conta de centavos!!! Ao passo, que os “partidos da ordem” promovem todo tipo de maracutaia de milhões, bilhões, mas tudo fica dentro da “legalidade” da justiça.




